Foto: Reprodução/TV Subaé |
Um
jovem de 20 anos e um homem de 48 morreram durante uma perseguição policial, no
bairro da Pedra Ferrada, em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador.
Conforme a Polícia Militar (PM), os suspeitos fugiram do local.
Segundo informações da PM, uma equipe
da 20ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Feira de Santana)
recebeu a informação de que três suspeitos estavam em um carro roubado. Durante
a perseguição, houve um confronto e duas pessoas foram baleadas. Elas não
resistiram aos ferimentos.
A Polícia Militar informou que
instaurou um inquérito policial para investigar o caso.
De acordo com os familiares das
vítimas, Aelson Costa Silva e Clodoaldo Silva Santos não estavam no carro dos
suspeitos.
A família de Aelson Costa informou que
o jovem trabalhava em um mercadinho e faria uma entrega quando foi atropelado
pelo carro dos suspeitos e, em seguida, atingido por tiros.
“Meu filho era um homem bom,
trabalhador, estudando, com tudo pela frente. Nunca ficou sem trabalhar. Toda a
vida teve as coisas dele, trabalhava pra ter, nunca pediu nada a ninguém, nunca
roubou nada de ninguém. Não fumava, não bebia, não ia pra festa", afirmou
Adailda Silva, mãe de Adelson.
Segundo ela, os policiais militares que
atiraram no filho dela. "Eles que mataram. E ainda vieram dizer que foram
os bandidos. E esse bandido estava aonde? Que ninguém viu bandido. O carro
parado sem ninguém dentro. Foi pra onde o bandido?”, questionou.
Leandro Leal, comerciante e patrão de
Adelson, lembrou emocionado do funcionário. “Sábado de manhã, ele estava
varrendo o mercadinho, e eu cheguei. Ele perguntou: ‘Você vai fazer meu
casamento mesmo?’. Eu disse: ‘Vou’. Eu não consegui fazer o casamento dele. Era
um rapaz gente boa demais. Muito bom. Muito bom mesmo. Eu estou sentido, como
se fosse um filho meu”, falou.
Rafael Santos, amigo de Adelson,
também afirmou que a vítima nunca se envolveu com o crime. “A gente cresceu
junto. Não andava com nada errado, só procurava trabalhar. Ele quando me via
desempregado, arrumava emprego para mim. Nunca gostou de festa. As coisas que
ele mais gostava era de sair montado e cavalo. Nunca gostou de estar em meio de
malocagem", disse.
Já Clodoaldo Silva Dantas estava com amigos
em um bar e correu após se assustar com o barulho dos tiros. Os familiares dele
informaram que ele foi identificado como assaltante.
Maria da Silva, mãe de Clodoaldo,
disse que está revoltada. “Eu tenho que dizer à polícia, se um chegar aqui, que
eu fiquei revoltada. Ele devia procurar primeiro se ele era ladrão. Eu que
perdi meu filho”, desabafou.
“Ele era limpo, limpo. Como Deus é limpo, meu
filho era limpo”, acrescentou José da Silva, pai de Clodoaldo.
O caso também é investigado pela
Polícia Civil de Feira de Santana. A morte de Aelson Costa será investigada
como homicídio, já que a vítima não estava envolvida no fato. Sobre o caso de
Clodoaldo, o órgão informou que não definiu como o caso será tratado.
G1/BA
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