Foto: Arquivo pessoal |
Os pais de uma garotinha baiana
de seis anos, diagnosticada com um tumor no cérebro, lutam para que a pequena
Maria Eduarda Garrido Gomes seja submetida à cirurgia de retirada do tumor.
Por conta do problema de
saúde, Dudinha, como a menina é chamada, teve hidrocefalia e já passou por
outras duas cirurgias para drenagem do líquido acumulado no cérebro.
Os custos do
procedimento médico, conforme Eduardo Gomes, pai da menina, chegam aos R$ 230
mil. Como não tem como pagar pela cirurgia, a família iniciou uma vaquinha online, através de internet. A campanha
foi criada em maio deste ano e tem previsão de término em agosto. Até a publicação
desta reportagem, a família conseguiu arrecadar R$ 4.920.
Eduardo, que é corretor
de seguros, e a esposa dele, a publicitária Iara Garrido, tem outro filho, de 3
anos. Eles moram em Salvador e descobriram o tumor da filha mais velha em maio
deste ano.
Segundo o corretor, a
criança apresentou sintomas há mais um ano, quando teve problemas motores, além
de outras complicações referentes ao controle do corpo, como pitose acentuada -
perda do controle da pálpebra.
"Achávamos que o
problema na perna era ortopédico. Ela não tinha firmeza nas pernas para pular,
correr e pedalar. Ela também sentia dores de cabeça severas. Depois, acredito
que por intuição da mãe, procuramos um neurologista. Ele mandou fazer exame e
em seguida, nos encaminhou para o hospital em medida de urgência",
relembrou, Eduardo.
O corretor explica que a família
possui plano de saúde, e que a filha passou por diversos exames na Bahia, mas
que os médicos em Salvador aconselharam à família que procurasse um
especialista sobre o caso, em São Paulo. Na capital paulista, eles foram
aconselhados realizar a cirurgia para a retirada do tumor.
"O hospital daqui [Salvador]
possui a quimioterapia como linha de tratamento. Já em São Paulo, os médicos
falaram de cirurgia, já que é um tumor mais operável. Trata-se de um glioma no
tronco cerebral. Nossa esperança é que cirurgia seja um sucesso e retire o
tumor. Optamos pela retirada do tumor, mas não temos como fazer a cirurgia lá,
pois o médico e o hospital indicados para a cirurgia não são credenciados pelo
nosso plano de saúde", disse o pai de Maria Eduarda.
Eduardo destacou que, além da
vaquinha online, ele tenta negociar com o plano uma forma de poder levar a
filha para São Paulo. "Ela pode voltar a ter as perdas motoras [caso não
haja a cirurgia], entre ouras complicações referentes ao controle do corpo, e
quero que ela possa fazer essa cirurgia enquanto consegue se movimentar",
revelou.
O procedimento cirúrgico ainda não
tem data para ocorrer. "Como é tudo particular, só posso marcar quando
tivermos dinheiro para pagar. Os médicos de São Paulo que acompanham o caso
falam para fazer o quanto antes. O tumor pode passar dois meses sem crescer,
mas também pode crescer mais", explicou Eduardo Gomes.
Hidrocefalia
Eduardo contou que a hidrocefalia foi
causada pelo tumor, que obstruiu uma parte do cérebro de Dudinha
"Na cirurgia, foi colocada uma
válvula que fica fazendo a drenagem mecânica e, até então, não vai ser
necessária cirurgia para isso [retirada do líquido]. Ela está bem",
explicou Eduardo.
Apesar dos procedimentos, Duda não
desanimou, conforme contou o pai. A garotinha concluiu o ano letivo na escola
em 2018, e este ano foi para escola até passar pelo primeiro procedimento para
retirar o acúmulo de líquido do cérebro, em maio. A expectativa dos pais é que
a menina siga com as atividades diárias, mas nada que exija muito esforço, como
retornar para as aulas, por exemplo.
"Ela está bem. Com o controle da
hidrocefalia, ela diminuiu os sintomas. Ela anda, mas corre e pula com
dificuldade", disse Eduardo.
G1/BA