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Foto: Valter Pontes / Agecom |
Três homens e uma mulher foram denunciados pelo
Ministério Público Federal (MPF) por crime de associação criminosa devido à
venda de cigarros contrabandeados e de medicamentos falsificados na feira de
São Joaquim, em Salvador.
De acordo com o MPF, os suspeitos identificados como
Gerre Alberto de Cerqueira de Jesus, José Carlos Almeida Andrade, Leandro dos
Santos Gomes e Lucimeire dos Santos Gomes atuavam, há pelo menos seis anos, na
comercialização de cigarros contrabandeados e de medicamentos falsificados.
A denúncia contra os suspeitos foi ajuizada em 17 de
junho deste ano, mas foi divulgada na segunda-feira (8). Segundo o órgão, três
deles já respondem a ações penais propostas pelo MPF por contrabando de
cigarros, medicamentos e anabolizantes.
O MPF informou que José Carlos e Gerre Alberto eram
fornecedores de medicamentos, anabolizantes e cigarros contrabandeados e
abasteciam uma boa parte desse “mercado” em Salvador, que era integrado por
clientes individuais e lojistas da capital, especialmente da feira de São
Joaquim.
De acordo com o órgão, as investigações comprovaram que
existe um forte vínculo associativo entre todos os denunciados para facilitar a
execução dos ilícitos, assegurar o fornecimento das mercadorias aos clientes
finais e garantir a impunidade dos crimes cometidos pelo grupo.
Os suspeitos começaram a ser investigados durante a
Operação Feira, após apreensões que aconteceram no dia 23 de maio do ano
passado.
Os policiais federais apreenderam 280 caixas de
medicamento genérico, chamado Cloridrato de Sibutramina Monoidratada, 20 caixas
de Dietary Supplement, chamado Lipo6 Black da Nutrex, 93 caixas de Menthol
Balm, da marca Qing Liang You e uma caixa de papelão contendo medicamentos
diversos, tais como Androlic, Metandrostenolona e Lipostabil, no
estabelecimento de Gerre Alberto.
Já na loja dos irmãos Leandro e Lucimeire foram
apreendidos 334 pacotes de cigarro de marcas estrangeiras diversas, importadas
do Paraguai, Uruguai e Indonésia, avaliados em R$ 16,7 mil.
Em outra loja, foram apreendidos 137 pacotes de cigarro,
além de 40 carteiras de cigarros avulsas, avaliados em R$ 7 mil.
O MPF requer a condenação dos acusados pelo crime de
associação criminosa, previsto no Código Penal (art. 288), cuja pena varia de
um a três anos de reclusão.
O G1 não conseguiu contato com as defesas
dos investigados.
G1/BA