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Foto: Ananda Porto/ TG |
Agricultores da região oeste da Bahia estão
usando a mamona – conhecida pelo uso em biocombustíveis – como matéria prima
para produção de óleo que também pode ser usado em cosméticos, na impressão 3D,
produção de super-plásticos da indústria aeroespacial.
A aplicação tem atraído a atenção de
investidores internacionais, já que o Brasil é o terceiro maior produtor de
mamona do mundo, com 6% produção total. A Bahia é o estado que mais produz
mamona: cerca de 92% da produção nacional.
Entre os países que mais consomem os
produtos feitos a partir da mamona estão China, Estados Unidos, Alemanha,
França e Japão. Em uma fazenda na cidade de Correntina, um grupo japonês aposta
na plantação de mamoneiras em 300 hectares da propriedade.
“É uma cultura de fácil manejo e não
exige muitas aplicações para tratos culturais, para controle de pragas e
doenças. E ela se adapta bem nessas áreas que são mais secas", explica
Caio Siqueira, gerente da fazenda.
A cápsula da mamona costuma ter três
sementes, carregadas de um óleo valoroso. Nas produções da região oeste, a
mamona é híbrida, um tipo selecionado para produzir mais óleo.
O representante comercial Fábio Franco
enumera o aproveitamento da mamona.
“As propriedades físico-químicas do
óleo de mamona proporcionam utilizações jamais percebidas no passado, como por
exemplo na produção dos super-plásticos, utilizados em aeronaves da Nasa, que
vão para o espaço, na produção de impressões 3D, na textura diferenciada de
tintas de paredes.
O mercado de cosméticos tem descoberto novas utilizações
para o mercado de mamonas, e até na composição do chocolate que nós comemos no
dia a dia possui ácidos derivados da ricina", exemplificou.
Ainda no oeste do estado, um grupo de
agricultores resolveu fazer um investimento em sementes de mamona, para plantar
500 hectares da planta.
"Alternativas diferente para a
gente fazer a rotação de cultura e poder trabalhar com mais culturas. Cada
cultura tem uma janela específica, então essa busca de alternativas para nós é
muito válido", ponderou Samuel Carvalho, gerente de outra fazenda.
G1/BA