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Foto: Reprodução/Cleia Viana/Câmara dos Deputados |
O deputado baiano Alex Santana (PDT-BA) alugou carros de luxo para rodar em Brasília, com valores acima da média de mercado, de acordo com consulta feita em reportagem da UOL.
Segundo o site, em janeiro Santana alugou uma Mercedes 2016 por R$ 7.000 e um Corolla GLI 2016 por R$ 4.000, mas a partir de fevereiro trocou por um Corolla XEI 2016, no valor de R$ 3.200 e uma Hilux zero km, pela qual é reembolsado mensalmente em R$ 9.500.
O UOL cotou em algumas locadoras, os modelos alugados para pelo
deputado para comparar os valores. Uma das locadoras, não aluga o modelo C180
da Mercedes. A opção é o modelo GLA 200 ano 2018, modelo 2019: sai por R$ 7.852
em uma locadora e R$ 4.600 em outra. Já um Corolla XEI 2017 pode ser alugado
por R$ 1.900 e a Hilux foi cotada a R$ 6.600 por uma locadora e a R$ 5.200 por
outra.
Em nota enviada ao UOL, Santana disse que “a escolha dos carros
obedeceu a critérios pessoais de resistência, segurança e melhor
custo-benefício”. “A locação foi realizada dentro da legalidade e em consonância
com todas as regras preconizadas na Câmara Federal”, afirmou.
Este gasto com aluguel de carros está dentro da cota parlamentar, que
destina um valor mensal para cobrir gastos relativos à atividade de mandato.
De acordo com o diretor-executivo do Ranking dos Políticos, Renato
Dias, este privilégio não é ilegal, mas é imoral. Ao UOL, Renato disse que a
população precisa cobrar mais responsabilidade com o uso do dinheiro público.
“Como ‘está na lei’, não poderíamos questionar. O que precisamos é dar
visibilidade para este tipo de coisa, para que a população questione e
pressione o parlamentar a ser mais responsável no uso do dinheiro público.”
Durante a reportagem, o site teve dificuldade em encontrar algumas
locadoras utilizadas pelos parlamentares para alugar os veículos de luxo. De
acordo com Renato Dias, é necessário haver uma padronização na Lei de Acesso à
Informação.
“Do contrário, fica muito fácil colocar as informações de forma
dissimulada, sem que a devida checagem possa ser feita. É o caso dessas
empresas, que mais parecem fachadas para negócios irregulares.”
Varela Notícias