Foto: Reprodução/TV Bahia |
A vacina
pentavalente está em falta na maioria dos postos de saúde da Bahia. O problema
começou depois que doses compradas pelo Ministério da Saúde foram reprovadas no
teste de qualidade feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), em julho.
Direcionada a
bebês, a vacina protege contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, a
bactéria haemophilus influenza tipo B (responsável por infecções no nariz e na
garganta) e hepatite B. As crianças devem tomar três doses, administradas aos
2, 4 e 6 meses de idade.
Em nota, o
Ministério da Saúde informou que o abastecimento deve ser normalizado em
novembro.
Fornecimento suspenso
Segundo a
Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), em média 60 mil doses da pentavalente
deveriam ser distribuídas por mês no estado. Contudo, o fornecimento está
suspenso.
"O que a
gente tem agora é um desabastecimento excepcional nos meses de agosto e
setembro. Então, dois meses sem vacinar as crianças na rede. Isso representa,
só aqui na Bahia, 120 mil crianças, que estarão aguardando doses para o próximo
mês", disse a enfermeira Megue Sales.
Com a baixa da
vacina, apenas 14 postos de Salvador estão abastecidos. Eles ficam nos bairros
da Barra, Rio Vermelho, Liberdade e localidades do subúrbio ferroviário.
No Ambulatório
Materno-Infantil Professor Nelson Barros, no bairro do Pelourinho, Centro
Histórico da capital baiana, por exemplo, o estoque da vacina acabou desde o
início de agosto.
No posto
de saúde de Canabrava, o problema é o mesmo. O pequeno Bernardo deveria tomar a
segunda dose da vacina na unidade, mas voltou paqra casa com a carteirinha
incompleta.
"A
única que ficou faltando foi a pentavalente. Falaram que está em falta em
praticamente todo o estado e pediram para quanto mais cedo conseguir encontrar
um posto que tenha, para poder estar prevenido", contou Aisla Silva, tia
de Bernardo.
A
mãe de Mariana, de 4 meses, rodou vários postos da cidade, mas não encontrou a
vacina. Ela conta que pagou R$ 380 em uma clínica particular para imunizar a
filha.
"Quando
eu comecei a percorrer outros postos, ligar para os amigos que trabalham na
área, em busca da vacina, e não estava encontrando, eu fiquei apreensiva.
Porque, assim, a vacina é importante para a criança, principalmente nessa fase
de desenvolvimento. Aí, eu fui buscar na rede privada", disse a mãe.
G1/BA