Foto: Daniel Castellano/SMCS |
Onze novos
casos de sarampo foram confirmados na Bahia, segundo informações divulgadas
nesta quinta-feira (10) pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Os dados
foram contabilizados até o dia 9 de outubro.
Com essas
ocorrências, chega a 20 o número de casos da doença na Bahia. São 12 em Santo
Amaro, que está em surto de sarampo, 3 em Gandu, 1 em Ituberá, 1 em
Andorinha, 1 em Jacobina, 1 em Palmeiras e 1 em Salvador.
De acordo com
a Sesab, a investigação epidemiológica concluiu que os casos registrados em
Gandu e Ituberá estão associados ao surto de Santo Amaro, o de Andorinha foi
importado de São Paulo e os de Palmeiras e Salvador são de pessoas infectadas
na Europa.
Ainda segundo
a Sesab, foram notificados na Bahia 509 casos suspeitos de sarampo, sendo 263
descartados. Outros 226 permanecem em investigação.
Campanha de vacinação
Começou na segunda-feira
(7) a campanha nacional de vacinação contra sarampo. A
ação segue até o dia 25 de outubro.
O público-alvo
é formado por crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29
dias), devido a vulnerabilidade desse grupo contrair o agravo e evoluir para
complicações graves e até mesmo levar ao óbito.
Em Salvador,
todos os postos de saúde irão oferecer a imunização contra a doença. O
atendimento nas unidades ocorre de 8h às 17h, de segunda a sexta-feira (exceto
feriados).
Sarampo
·
O que é:
O sarampo é
uma doença infecciosa, extremamente contagiosa, transmitida pela tosse e
espirro, e pode ser contraída por pessoas de qualquer idade.
·
Como é transmitido:
De pessoa a
pessoa, através das secreções nasais ao tossir, expirar ou falar. O contágio também
se dá por dispersão de gotículas com partículas virais (aerossóis) no ar, em
ambientes fechados como, por exemplo, escolas, creches e clínicas. O vírus pode
permanecer em ambiente fechado por até duas horas depois de a pessoa infectada
ter saído do local.
·
Sintomas:
Os sintomas da
doença aparecem apenas de 10 a 14 dias após a exposição ao vírus. Incluem
tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e irritação na pele com
manchas vermelhas. Além disso, em casos mais graves, pode causar também
infecção nos ouvidos, pneumonia, diarreia, convulsões e lesões no sistema
nervoso.
·
Diagnóstico e tratamento:
O diagnóstico
é clínico e pode ser confirmado com exames de laboratório específicos como IgM
para Sarampo ou PCR (reação da cadeia de polimerase) para identificar o vírus.
Não há tratamento para uma infecção de sarampo que já está estabelecida e é
necessário auxílio médico para aliviar os sintomas e acompanhar a evolução do
paciente. Normalmente, os sintomas desaparecem em dias ou semanas.
·
Situação:
A doença é uma
das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países do Terceiro
Mundo. No Brasil, graças às sucessivas campanhas de vacinação e programas de
vigilância epidemiológica, a mortalidade não chega a 0,5%. Porém, em 2017, a
vacinação de crianças menores de um ano teve seu menor índice de cobertura em
16 anos no país. A baixa taxa de imunização é um dos motivos de o vírus ter
voltado a circular no Brasil.
·
Prevenção:
Vacinar é o
meio mais eficaz de prevenir o sarampo. Duas doses da vacina são recomendadas
para garantir a imunidade e evitar surtos, pois aproximadamente 15% das
crianças vacinadas falham no desenvolvimento de imunidade da primeira dose. A
vacina Tetra Viral é indicada para prevenção do sarampo e está disponível nos
postos de saúde para crianças a partir de 6 meses de idade. Outra opção é a
vacina tríplice viral.
G1