Sem
adesão dos líderes que encabeçaram a greve da categoria em 2018 que parou o
país, um grupo de caminhoneiros promete
suspender as atividades em todo o Brasil a partir das 5h desta segunda-feira
(16/12/2019). A greve havia sido anunciada anteriormente por um dos
representantes da classe, Marconi França.
No
último dia 8, Marconi divulgou vídeo nas redes sociais em que anunciava a paralisação e
indicava o apoio da Central Única dos Trabalhadores do Rio de Janeiro (CUT-RJ)
e de representantes nos estados. A aproximação com entidades de esquerda, no
entanto, esvaziou ainda mais o movimento.
Segundo
França, a principal pauta é o aumento do preço do combustível.
A greve, entretanto, ao que tudo indica, está
mais no desejo de Marconi França e aliados do que nas boleias país afora. A
Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) informou, por meio
de nota, que consultou entidades de representação legal dos caminhoneiros e
disse não apoiar a paralisação.
“Esclarecemos que todos os movimentos que
reflitam os interesses coletivos legítimos da categoria sempre receberão o
apoio da CNTA, com respeito à ordem pública, às instituições, às leis e
à sociedade como um todo”, informou.
Nome
forte da categoria no Paraná, Wallace Landim, o Chorão, negou que haja uma
grande movimentação de caminhoneiros. Para ele, “há um movimento político atrás
disso”.
A
greve, contudo, tem respaldo de algumas entidades. O movimento recebeu apoio da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL).
“Entendemos
que a pauta dos companheiros caminhoneiros é legítima e daremos todo o apoio a
essa paralisação nacional”, afirmou o presidente da CNTTL, Paulo João Estausia.
Metrópoles