Júri popular condenou Alexsandra
Moura da Silva a 32 anos de prisão por encomendar a morte do próprio filho, de
sete anos, e prometer pagar o executor da criança com sexo. O crime ocorreu em
janeiro de 2015, em Camaçari, e a decisão da Vara do Júri e Execuções Penais da
cidade aconteceu nessa última sexta-feira, 06. O executor da criança, José
Nilton Pereira, foi condenado a 21 anos de prisão.
A investigação apontou, conforme
decisão judicial, que a criança foi afogada e morreu por asfixia. O júri
entendeu que José Nilton agiu com emprego de meio cruel, e que utilizou de
dissimulação para atrair a vítima ao local do crime, ao prometer
presenteá-la com “pipa” e linha.
Ainda de acordo com a decisão, a
mãe da criança, Alexsandra Moura, além de encomendar a morte do filho, deu
orientações de como José Nilton deveria atrair e executar a criança.
O entendimento do júri foi de que
Alexsandra agiu “com vilania”, ao prometer recompensar José Nilton com relações
sexuais, “frieza”, ao exigir que a morte fosse por afogamento, e “de forma
sorrateira”, por instruir o executor sobre a maneira de atrair a vítima ao
local do afogamento.
Alexsandra não compareceu ao
julgamento, e conforme a decisão permanece foragida. Até a sexta ela não havia
sido localizada pela Polícia Judiciária com o fito de executar o mandado de
prisão pendente contra ela.
“Tal comportamento deixa
inequívoco seu intento de furtar-se às consequências de seus atos, sobretudo
agora, quando condenada pelo veredicto soberano do Júri Popular”, diz a decisão do juiz de
Direito Waldir Viana Ribeiro Junior, ao caracterizar como imprescindível a
manutenção da prisão preventiva de Alexsandra Moura.
Bahia Notícias