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Em um dossiê
realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra),
publicado na última quarta-feira (29), a Bahia apareceu entre os três estados
que mais matam transsexuais no Brasil.
Foram oito casos registrados em 2019, queda de 46.66% em relação a 2018.
A maioria
das mortes em território brasileiro foram registradas na região Nordeste, onde
45 pessoas trans foram assassinadas em 2019. No entanto, em relação aos números
absolutos referente ao top 3, São Paulo foi o estado que mais matou essa
população no ano passado, com 21 assassinatos, Ceará aparece logo em seguida,
com 11 casos, seguido pela Bahia.
Apesar de
está na terceira posição, o estado baiano permaneceu por dois anos seguidos em
segundo lugar: 2017, com 17 assassinatos; e 2018, com 15.
Outro dado
revelado pelo levantamento explicita a gravidade da violência: 80% dos
assassinatos apresentaram requintes de crueldade, ou seja, a maioria das mortes
ocorreram após violência excessiva. Apesar do grande número de mortes em
evidência, apenas 8% dos casos tiveram suspeitos identificados.
A associação
assinala que uma pessoa trans tem mais chance de ser assassinada entre 15 e 45
anos. Mas, a cada ano, a idade das vítimas é ainda menor. Ano passado, por
exemplo, três adolescentes trans de 15 anos foram mortas. Duas delas
apedrejadas até a morte e a terceira espancada e enforcada, com sinais de
violência sexual.
O dossiê
também apresenta as principais características das vítimas de transfobia em
2019. Segundo a Antra, entre o total de vítimas, 80% eram negras e 97,7% do
gênero feminino. Explicitando ainda mais os fatores da desigualdade racial no
país. Embora reconheçamos que a questão racial se dá de diversas formas e
contextos em cada região/estado, atentemos ao fato de que a população negra tem
maiores chances de ser assassinada por transfobia.
Antônia Fernanda/Varela Notícias
Sob
supervisão de Iago Maia
Tópicos:
BAHIA