Depois de
guardar uma rocha por anos esperando encontrar ouro dentro dela, o australiano
David Hole finalmente descobriu que tinha algo muito mais raro em mãos: um
meteorito de 4,6 bilhões de anos.
Ele tinha um
bom motivo para pensar que a rocha continha ouro: ela foi encontrada utilizando
um detector de metal no Maryborough Regional Park, um parque próximo à
Melbourne, na Austrália, parte da região de Goldfields na qual ocorreu a
corrida do ouro australiana no século XIX.
De volta
para casa, Hole tentou de tudo para abri-la: uma serra, uma rebarbadora, uma
broca, uma marreta e até mesmo um banho de ácido.
Anos se
passaram. Sem obter sucesso, mas ainda intrigado, Hole decidiu levar a pedra ao
Museu de Melbourne. Foi quando o geólogo Dermot Henry, surpreso, confirmou que
se tratava de um meteorito bastante raro.
Condrito
Descobrir
uma rocha dessas é certamente muito mais difícil do que encontrar uma pepita de
ouro. Em 37 anos trabalhando no museu e examinando milhares de rochas, Henry
disse que somente duas vezes pode confirmar a presença de um meteorito, sendo o
de Hole um deles.
A rocha tem
17 kg. Henry utilizou uma serra específica para cortar diamantes a fim de
“fatiá-la” e examinar sua composição. Uma vez que possui uma alta porcentagem
de ferro, foi classificada como um condrito.
Não é fácil
saber exatamente de onde veio esse meteorito, mas é provável que tenha sido
lançado do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.
Antigamente,
o sistema solar era uma “pilha” giratória de poeira e rochas de condritos, que
a gravidade reuniu nesse cinturão. Colisões podem arremessar pedaços dessas
rochas em direção a planetas como a Terra.
Hypescience
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