Foto: Divulgação/ Izaías Medeiros/ CMCG |
A declaração
do vereador Wellington de Oliveira (PSDB-MS) causou revolta na Câmara de
Vereadores de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, foi considerada machista e
causou revolta na web e entre associações de defesa das mulheres nesta
terça-feira (7).
O político
usou seu momento no púlpito da Câmara para pedir a reabertura de salões de
beleza, afirmando que as mulheres precisavam ficar bonitas para os seus
maridos.
“Não tem
marido nesse mundo que vai aguentar. Salão é importante. Imagina a mulher sem
fazer sobrancelha, cabelo, unha, não tem marido nesse mundo que vai aguentar,
tem que tratar da autoestima”, afirmou Wellington.
Além disso,
ele defendeu a reabertura das igrejas para evitar violência doméstica. Segundo
ele, caso um homem pense em cometer crime contra a mulher, vá à igreja e
encontre o local fechado, pode considerar como um aviso divino.
“Se a pessoa
quisesse matar a mulher e os filhos, ele vai e bate na igreja, está fechada.
Daí ele fala: ‘É um aviso de Deus para eu voltar lá e matar’. Então igreja é
essencial, tem que criar mecanismos novos para que a igreja funcione”.
A Associação
Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica do Mato Grosso do Sul repudiou as
declarações do vereador e afirmou que vão de encontro “as campanhas de
enfrentamento em prol dos direitos das mulheres e recomendou abertura de
processo administrativo.
“Os
comentários absurdos e desrespeitosos feitos pelo vereador, que tem formação
jurídica e é delegado de polícia, devem ser expressamente repreendidos pela
Casa de leis, inclusive com abertura de processo administrativo disciplinar”.
Após a má
repercussão, o vereador afirmou, em entrevista ao Universa, que a intenção da
fala sobre reabertura de salões era atender a pedidos de mulheres, que, segundo
ele, estariam incomodando maridos por causa do fechamento dos salões.
Sobre a
defesa da reabertura de igrejas para evitar violência doméstica, o vereador
afirmou que a declaração foi retirada de contexto. Confira o vídeo.
Redação: Varela Notícias