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Em meio à
pandemia do novo coronavírus, as lives ocuparam espaço na vida dos internautas.
A proporção foi tão grande, que invadiram as celas. Uma live realizada
diretamente do presídio, no município de Sarandi, interior do Paraná,
transmitida na madrugada da última quarta-feira (20), repercutiu nas redes
sociais Twitter, Instagram e Facebook.
Cerca de
cinco homens estavam na live, que também contou com a participação de outras
mulheres. A transmissão ocorreu em um grupo fechado do Facebook, chamado Crime
World. A live teve uma hora de duração e foi reproduzida em outros perfis, com
audiência entre 8 mil e 31 mil pessoas, simultaneamente.
No vídeo,
uma das meninas diz estar apaixonada por um dos presos. “Estou apaixonada pelo
Leandro, viu? Se quiser casar comigo, estou aí”, diz uma das meninas. “Gente,
vocês vão aparecer na televisão”, diz outra jovem. E em seguida eles a convida
para participar de um grupo no WhatAap.
Segundo
informações da Época, o detento que conduz a live é Leandro Rosa Queiroz, 19,
detido por assalto a banco. O jovem já tinha passagem pela polícia por
assaltos, furtos, porte ilegal de arma e homicídio.
O outro é
Gabriel Vitor Surady, também 19 anos. Gabriel matou Ryan Silva Freitas, 19, com
26 facadas. A vítima era usuária de cocaína e matinha uma dívida de 3 mil reais
com o autor do crime. Ainda, para se livrar do corpo, Gabriel deixou o cadáver
nos trilhos da linha férrea, para simular que o trem teria atropelado Ryan.
Durante a
fulga, ele deixou o celular cair e o aparelho foi encontrado por um policial,
que achou no telefone um áudio em que o traficante afirmava que iria por um
plano de homicídio em ação.
O
Departamento Penitenciário do Paraná em contato com a Época, informou que foi
realizada uma operação de revista no local e os aparelhos foram apreendidos. Os
presos envolvidos foram isolados, serão transferidos para outra unidade penal e
responderão criminalmente e administrativamente pelo uso do aparelho.
Redação: Varela Notícias