Na Bahia, prefeito radicaliza e manda fechar cidade


A prefeitura de Apuarema, cidade a cerca de 344 Km de Salvador, iniciou na quinta-feira (21) o processo de fechamento de acessos à cidade, como medida de prevenção ao novo coronavírus.
Segundo Raival Pinheiro, prefeito de Apurarema, o objetivo é evitar que haja circulação de pessoas para municípios vizinhos, com grande quantidade de casos da doença, especialmente Ipiaú e Jequié, que segundo último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde (Sesab) têm 130 e 216 casos de Covid-19, respectivamente. Apuarema tem um caso confirmado de Covid-19.
“Ipiaú e Jequié já tem muitos casos e nós já temos um caso. Se a gente fechar a cidade, não vai ter mais casos em Apuarema. Estou tentando mostrar que se as cidades pequenas não fizerem isso, a doença vai se alastrar”, revelou.
Pinheiro revelou ainda que estão sendo fechadas as estradas de chão, que dão acesso as cidades vizinhas, e também as BRs. A previsão é que apenas uma das vias, a que liga Apuarema a Gandú, fique liberada.
“O fechamento da divisa começou ontem, após o primeiro caso confirmado. A gente está fazendo isso. São quase seis lugares que devem ser fechados. Acredito que, em uma semana, estará tudo fechado”, afirmou.
“A gente está no centro das BRs. A gente está fechando todas as divisas. Só vai ficar o acesso para a [rodovia] BA, que liga até Gandu. Estrada de chão a gente está fechando todas”, disse.
O gestor explicou ainda que, apesar do fechamento das estradas de chão, nenhum morador da zona rural do município será prejudicado.
“O fechamento só afeta as outras cidades. Os moradores da zona rural de Apuarema terão acesso total ao município. Eles só não vão consegui ir para outros. Cada prefeito tem que cuidar de sua cidade”, concluiu.
O prefeito diz que entende que a medida é impopular, mas que é uma forma de evitar mortes na cidade.


“Já temos um caso confirmado, três casos suspeitos e mais 18 em quarentena. O novo rumo que precisamos tomar, fechando todas as fronteiras do município e outras medidas que serão adotadas, é para que os casos não cresçam no nosso município. Não temos uma estrutura para suportar tamanho crescimento desse vírus, pois até o Hospital Prado Valadares já não suporta a quantidade de pessoas infectadas”. falou. 
G1/BA

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