A vida do idoso Raimundo
Lima de Santana, de 81 anos, morador do município de Araci, no território do
sisal é marcada por muitos momentos difíceis e também muitas vitórias e exemplo
de fé e esperança.
Depois de 50 anos de casado,
ficou viúvo, perdeu a companheira da vida inteira e lida diariamente com as
saudades. Em seguida, perdeu 80% da visão, acometido de complicações da
diabetes amputou as duas pernas e recentemente foi infectado pela covid-19. Ficou
33 dias internado, foi transferido para o Hospital Couto Maia em Salvador e
depois de muitas batalhas, sua história segue com um enredo de superação e é
motivo de alegria e gratidão para toda família.
A enfermeira Linda Dantas
Leite, filha dele, conta sobre a sua vida com muita admiração e agradecendo a
Deus por todo aprendizado que tiveram depois de tantos momentos difíceis que
passaram.
De acordo com ela, quando
perdeu 80% da visão, o pai buscou aprender a sequência de casa e se adaptar com
esta limitação. Hoje, mesmo enxergando muito pouco, ele conhece cada lugar da
casa onde mora e sabe onde está cada objeto. Além disso, depois que amputou as
pernas, também buscou se adaptar às novas limitações.
Se dedicou ao processo de
reabilitação, optou por colocar as próteses e mais uma vez mostrou a sua
vontade de viver.
Hoje, depois de curado do
coronavírus, Seu Raimundo, continua sendo forte e resiliente e renova suas
energias através do amor a Deus.
Linda conta que a família
ficou muito apreensiva quando soube que ele foi infectado pela covid-19. O
idoso ficou internado em Salvador, sem poder receber visitas e de acordo com
ela, ele nunca perdeu a fé e nem deixou de orar.
A enfermeira acredita que o
pai é um herói e comemorou o fato dele continuar alegre e firme ensinando a
todos com o seu exemplo de vida.
“Meu pai sempre foi um homem
batalhador, de fé e força. Nunca se entregou e mesmo quando ficou sozinho em um
leito de hospital deixou de ficar em oração. A fé o curou e ele já está em casa
firme e forte no aconchego da família. A vida vale sempre a pena e somos nós
que damos combustível para ela. A fé e o amor nos torna capazes de vencer todas
as lutas. Só basta ter Deus e deixar que ele nos guie para onde devemos ir”,
afirmou.
O aniversário de Seu
Raimundo foi no dia 13 de junho e devido
a ele estar internado e ao clima de incertezas, não teve nenhuma comemoração.
As suas quatro filhas não veem a hora da
pandemia passar para que todos posam ficar juntos novamente, comemorar a vida
nova do pai e dar e receber um abraço de aconchego, agradecimento e alegria.
Por
Rachel Pinto | Acorda Cidade