Crise funerária faz homem ser enterrado com outro corpo na Bahia; veja vídeo


A família de Taípe da Silva Barbosa, 42 anos, passou por um transtorno para tentar sepultá-lo no cemitério municipal de Itagibá, no distrito de Japomirim, nesta terça-feira (07). O homem, que faleceu por volta de 05 horas manhã, só conseguiu ser enterrado à tarde após apelos constantes dos familiares junto à prefeitura municipal. 

Conforme apurado pelo site Giro de Ipiaú, Taípe veio à óbito por complicações da diabetes no Hospital Geral de Ipiaú e foi levado para o cemitério às 11h. Sem vagas para abrir uma cova, uma vizinha da vítima cedeu à família o espaço no qual o filho estava sepultado há aproximadamente dois anos, porém houve impossiblidade. A maioria das cidades do País estipula o prazo mínimo de três anos para exumar o cadáver. 

O processo não foi realizado, de acordo com os familiares, já que dois garis, ao invés de coveiros, que foram designados para executar o serviço teriam negado a fazer a exumação alegando que não sabia se era permitida a remoção do corpo. 

Não há informações se o local tinha capela para velar, mas durante o impasse o caixão do falecido ficou exposto em cima de um mausoléu por um tempo. 

Após o imbróglio, a gestão municipal auxiliou a transferência do sepultamento para outro cemitério da cidade por volta de 14h30 e, segundo a família, o corpo foi sepultado numa cova sobre outro caixão.
“Estamos aqui sofrendo, com uma dor muito grande por perder alguém da família, e ainda ter que passar por uma situação dessa, é muito triste”, relatou Jocélia Santana da Silva ao site Giro de Ipiaú. 

Em nota, a prefeitura de Itagibá afirmou que a gestão do prefeito Gilson Fonseca “em nenhum momento parou de buscar soluções para o problema de falta de espaço no cemitério de Japomirim”. 

Eles alegam que na cidade ninguém quer vender a terra com finalidade para instalação de um cemitério com receio de que as áreas próximas sejam desvalorizadas. “Infelizmente nem toda a área é ideal para se instalar um cemitério e depende de uma licença ambiental para fazer tal obra”. 

O posicionamento ainda apela “que para quem tenha uma área disponível, que possa ser vendida, que entre em contato, para que a prefeitura possa comprar. Enquanto isto não acontece, está sendo elaborado um projeto para construção de gavetas, no atual cemitério de Japomirim”. 
BNews
 
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