Na Bahia, pela segunda vez, mulher testa positivo para a Covid-19


Uma técnica em enfermagem, moradora de Feira de Santana, que preferiu não se identificar, testou positivo para a Covid-19 por duas vezes em menos de 60 dias. No dia 25 de maio, após sentir alguns sintomas, como perda do olfato e paladar, ela fez o teste e descobriu que estava infectada.
No dia 09 de junho um novo teste mostrou que ela estava livre do vírus, com anticorpos reagentes, e foi liberada a voltar ao trabalho. Na quinta-feira (16) ela voltou a apresentar sintomas do coronavírus, mas acreditou tratar-se de outra enfermidade, tendo em vista que havia testado positivo há pouco mais de um mês. Entretanto, novamente, o teste deu positivo para a Covid-19.
O caso da baiana é raro no Brasil. Outras reinfecções estão sob análise em outros estados, mas até o momento, nada foi confirmado. Em conversa com o VN, ela afirmou que está repleta de dúvidas sobre o seu caso.
“A experiência é ruim, chocante, as dúvidas são muitas. Segundos os estudos feitos até agora, não seria possível essa nova contaminação em menos de 90 dias. Segundo informações, o paciente adquire anticorpos por esse período”, explicou a técnica em enfermagem.
Nesta segunda experiência, ela acreditou até que estava sendo afetada pelas mudanças climáticas. Agora ela aguarda por explicações médicas sobre o seu caso.
“Achei que pudesse ser uma gripe por causa da mudança de tempo, e por acreditar na ciência. Tudo que se sabe até agora é incógnita, e, na teoria, não é possível a recontaminacao.
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Segundo o médico infectologista Adriano Oliveira, a doença ainda é nova e a ciência ainda não sabe quanto tempo dura a imunidade, mas com base em outros vírus do gênero corona, esperava-se que poderia durar entre um e dois anos:
“Mas é tudo especulação. Vale lembrar que imunidade não é um fenômeno simples. Não basta ter anticorpos. Tem que ser anticorpos neutralizantes. Além disso, temos a imunidade celular que também participa do processo. Enfim. Ainda é cedo pra afirmar qualquer coisa em termos de imunidade”, explicou.
Oliveira explica que é possível ainda que a técnica em enfermagem, na verdade, esteja na primeira infecção, pois a primeira infecção foi confirmada através de um teste rápido.
“O teste rápido não é confiável. Não dá pra dizer que ela teve COVID na primeira vez. O único momento que podemos afirmar isso foi no dia 16/07”, conta.
Segundo a técnica em enfermagem, a secretaria municipal da Saúde de Feira de Santana já está em contato com ela para a realização de estudos e novos testes.
Varela Notícias

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