Recidiva é o nome dado para o reaparecimento de uma doença
ou de um sintoma, após período de cura. E esse é um dos assuntos mais
discutidos por profissionais da saúde e cientistas ao redor do mundo. E em
nossa cidade esse tema vem à toma, após Jacobina surgir com um paciente que
adquiriu a Covid-19 pela segunda vez. Por motivos de ética, não nos foi passada
a identidade do paciente, apenas que se trata de um homem de 33 anos.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, todos que
recebem alta médica, são orientados a manterem as mesmas medidas de prevenção
de antes. "Informamos aos pacientes recuperados que continuem usando
máscaras, fazendo a higienização das mãos e tomando todos os cuidados, pois as
pesquisas ainda são inconclusivas no que se refere a reinfecção do vírus"
contou a diretora da Vigilância Epidemiológica, a enfermeira Aline Cecília.
A cidade chegou neste domingo, 12 de julho, a 243 casos
positivos da Covid-19, sendo que: 69 destes já receberam alta médica, 20 são
casos importados, 03 óbitos e 151 ainda aguardam em isolamento (residencial 148
e internados 03). O Jacobina Notícias buscou mais informações sobre casos de
pacientes que adquiriram o vírus pela segunda vez e notou que este é um tema
que ainda traz diversas opiniões por parte dos profissionais, como você poderá
conferir abaixo.
Ministério da Saúde
"De acordo com a literatura médica, existem casos de
pacientes curados de Covid-19 que voltam a apresentar um novo episódio da
doença, mas não existem certezas se estes quadros representam uma nova infecção
ou uma recidiva do quadro inicial. Faltam evidências científicas se são
resquícios da mesmo infecção", concluiu o Ministério da Saúde, que disse
que mais estudos devem ser realizados para tentar sanar as lacunas.
OMS-A Organização Mundial de Saúde afirma que não há
evidências de que pessoas que se recuperaram da Covid-19 tenham anticorpos
contra a doença. Ainda não é possível saber se a reinfecção ocorre de fato.
Isso tem sido objeto de estudo no mundo todo.
Cientistas ainda não tem resposta
"Temos que levar em consideração os linfócitos e
avaliar a imunidade inata. A maioria das pessoas não desenvolve a doença. Você
sabe que as crianças e os jovens são um grupo de menor risco. Por isso, gente
precisa olhar para a imunidade inata. A gente não pode imaginar uma vacina
contra o vírus só com base nesses anticorpos [do estudo]", disse
Cabral.Portanto, o caminho científico para afirmar que os seres humanos podem
ter uma reinfecção pelo Sars CoV-2 ainda está em aberto.
Jacobina Notícias