Uma chance em 240. Essa é a probabilidade
de que um asteroide atinja a Terra em 2 de novembro, apenas um dia antes das
eleições nos Estados Unidos. Entretanto, para aqueles que ficaram apreensivos
com a informação, a NASA soltou um comunicado: mesmo que ele
"desembarque" por aqui, não deve causar grandes estragos.
De acordo com Donald Yeomans, pesquisador sênior do
Jet Propulsion Laboratory, o objeto em questão possui aproximadamente 2 metros
de diâmetro e a aproximação de corpos celestes do tipo não é rara. Alem disso,
segundo ele, a atmosfera de nosso planeta normalmente acaba os incinerando
antes que cheguem ao solo.
Como seu nome sugere, astrônomos descobriram o
chamado 2018 VP1 há cerca de dois anos, por meio do telescópio robótico Zwicky
Transient Facility, localizado na Califórnia, enquanto procuravam por rochas espaciais potencialmente perigosas para a Terra, entre
outras surpresas cósmicas. Desde então, não foi mais visto por sua trajetória
incerta, "decidindo" reaparecer somente agora.
Acompanhamento de perto
Não é à toa que a NASA
tenha decidido se pronunciar quanto à questão. As coisas não andam exatamente
tranquilas no país norte-americano, que enfrenta, além da
pandemia, protestos civis constantes e uma divisão evidente dos
eleitores, diminuindo, e muito, as chances de que haja comparecimento adequado
da população nas urnas. Um asteroide não é exatamente um auxílio nesse sentido.
Por isso, baseada em 21
observações realizadas em um total de 12.968 dias, a agência bateu o martelo e
divulgou suas conclusões: dados indicam que a taxa possível de colisão do 2018
VP1 é de 0,41%.
Considerando que,
recentemente, o 2020 QG passou
raspando por aqui e só foi visto depois, bem, 2020, que já se mostrou um tanto
quanto atípico, não cansa de trazer novidades – não necessariamente boas –
todos os dias.
Tecmundo