O Programa Salão Verde da Rádio Câmara detalha o poder
inseticida do sisal, cultivado na Caatinga do Nordeste brasileiro. Cientistas
da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa-PB) mostram que a polpa da planta – que hoje costuma ir
para o lixo durante a produção de fibras, cordas e forragens – é extremamente
eficaz no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue,
zika, chicungunya e febre amarela urbana.
Estas doenças registraram quase 2 milhões de casos e cerca
de mil mortes de norte a sul do Brasil em 2019. O extrato ou suco do sisal
destrói as três fases do mosquito: ovo, larva e adulta.
Além de saúde pública, a pesquisa tem perspectivas
socioambiental e econômica, já que pode ampliar o trabalho e a renda do
Nordeste em torno do sisal, planta de origem mexicana já integrada à paisagem e
à cultura da Caatinga, sobretudo no sertão de Bahia e Paraíba.
Pontos de vista nesta edição: Fabíola Cruz Nunes,
pesquisadora do Centro de Biotecnologia da Universidade Federal da Paraíba
(UFPB); Everaldo Paulo de Medeiros, pesquisador da área de química analítica e
tecnológica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-PB); Isabel
Maria Barbosa, do grupo Cantadeiras do Sisal; deputado João Roma
(Republicanos-BA).
Rádio Câmara