Com a obrigatoriedade do uso de máscaras, como medida de
prevenir a contaminação do covid-19, a reclamação de agravamento de rosácea,
dermatites e acnes se tornou frequente. De acordo com a dermatologista Danuza
Dias Alves, da Clínica Leger, a combinação de maquiagem e uso de maquiagem pode
ser prejudicial para a pele, por causa da obstrução dos poros e a desidratação
da pele do rosto.
A especialista alerta que é importante observar cada tipo
de pele, identificar e tratar o problema. "Com o uso de máscaras, além de
lesões na pele, é possível desenvolver alergia ao tecido. Coceiras, alteração
da cor e surgimento de espinhas são alguns dos sintomas. Se isso acontecer, não
deixe de trocar a máscara e consultar o seu dermatologista", orienta.
Danuza Dias também explicou que é preciso ter atenção ao
uso de maquiagem. Para quem não fica sem usar make, vale usar produtos de longa
duração e de rápida absorção. A dermatologista respondeu as principais dúvidas
sobre a relação da máscara e maquiagem.
Usar maquiagem reduz a eficácia da máscara?
A redução da eficácia não é da maquiagem na pele, mas dos
resíduos da maquiagem que ficam depositados na máscara, como pó, base ou batom.
O que recomendo às minhas pacientes é que optem por maquiagens de longa duração
ou de fácil absorção, que fiquem na pele por mais tempo. Isso não vai
atrapalhar nos cuidados com a pele, nem no uso da máscara.
A maquiagem sob a máscara pode colaborar para o
aparecimento de problemas de pele?
O que eu tenho observado em meus pacientes é a reativação
da rosácea com o uso da máscara. Em outros pacientes que sofriam com oleosidade
e que já tinham um pouco de acne, percebo uma reativação e o aumento do
problema. Meu conselho para pacientes que tenham a pele um pouco mais oleosa,
que já tinham diagnóstico de rosácea, dermatite seborreica ou que tenham
percebido a pele mais vermelhinha na região da máscara, é que procurem a
orientação de um dermatologista para iniciar um tratamento e prevenir a
ativação dessas condições de pele.
iBahia