O Ministério Público Federal
(MPF) afirmou que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, é o líder de
uma sofisticada organização criminosa, que atua no estado e é formada por três
grupos.
Os líderes dos grupos,
segundo o MPF, eram o empresário Mario Peixoto, preso na Operação Favorito, em
maio, pelo presidente nacional do PSC, Everaldo Dias Pereira, o pastor
Everaldo, preso na operação desta sexta-feira, e pelo empresário José Carlos de
Melo, pró-reitor administrativo da Universidade Iguaçu (Unig)
A definição foi encaminhada
ao Superior Tribunal de Justiça pelos promotores do MPF. Segundo o documento,
Witzel repetiu o esquema praticado pelos dois governadores anteriores, Sérgio
Cabral e Luiz Fernando Pezão, presos em 2016 e 2018, respectivamente.
Segundo os promotores do
MPF, o escritório de advocacia de Helena Witzel, primeira-dama do Rio, foi
utilizado para “escamotear o pagamento de vantagens indevidas ao Governador,
por meio de contratos firmados com pelo menos quatro entidades de saúde ligadas
a membros da organização criminosa”.
Segundo relatório da Unidade
de Inteligência Financeira (UIF), antigo Coaf, foram constatados recebimentos
indevidos de R$ 554.236,50 entre agosto de 2019 e maio deste ano.
Após o afastamento do
governo, Wilson Witzel afirmou que a ação desta sexta-feira (28) foram de
“busca e decepção”, pois, segundo ele, não foi encontrado “um real, uma joia,
simplesmente mais um circo sendo realizado”.
Segundo Witzel, a gestão
investiu R$ 7 bilhões na saúde do estado antes da pandemia e ajudou os
municípios a se equiparem. Disse também que a questão jurídica que embasa seu
afastamento é “delicada”, já que ele nega ter praticado qualquer ato para
interferir nas investigações.
Redação:
Varela Notícias