USP confirma tremor de terra na Bahia e diz que foi de magnitude de 1.6 mR

 


O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) confirmou o tremor de terra ocorrido no recôncavo da Bahia, na quarta-feira (19). Segundo o centro, o fenômeno ocorreu na cidade de São Félix e teve magnitude de 1.6 mR.

Nas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens, moradores de Cachoeira, cidade vizinha a São Félix, relataram que sentiram o tremor e se mostraram apreensivos com a situação.



De acordo com o Centro de Sismologia, o fenômeno foi registrado aconteceu às 18h51, em São Félix, em 2 estações sismográficas da RSBR e foi localizado com a ajuda de pessoas que sentiram o tremor e mandaram relatos para eles.

O centro esclareceu que tremores pequenos são relativamente comuns no Brasil e podem ocorrer em qualquer lugar. "Normalmente, não trazem nenhum perigo a não ser um pouco de susto a população".

Segundo a Centro de Sismologia da USP, não é possível saber a natureza ou a causa destes pequenos abalos. O instituto disse que, geralmente, são causados por pressões geológicas naturais presentes na crosta terrestre.

A secretária de Educação de Cachoeira, Ana Luiza Marques, conta que não sentiu o tremor, mas de acordo com relatos de conhecidos, as pessoas que estavam no centro da cidade, em uma localidade conhecida como Ladeira da Cadeia, sentiram.

O engenheiro agrônomo Carlos Lobo, de 65 anos, que mora na Ladeira da Cadeia, disse que ouviu um estrondo entre 18h30 e 19h. Vizinhos contaram ainda os móveis chegaram a balançar dentro das casas. Apesar de rápido, as pessoas se assustaram.

"Todos ficaram assutados, teve gente que saiu de casa na hora. Foi um estrondo subterrâneo. Eu ouvi, eu senti como se fosse uma explosão. Eu ouvi pela manhã também, por volta das 6h30, só que mais fraco. Quando foi de noite, o barulho foi maior", disse.

Em nota, a prefeitura disse que acionou a Defesa Civil do Estado da Bahia para que fosse realizada uma analise a respeito do ocorrido. O órgão entrou em contato com o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília e com a Defesa Civil Nacional, e obteve a informação de que não foi detectado nenhum abalo de magnitude alta que possa provocar danos na cidade ou na região.

A Prefeitura de Cachoeira também entrou em contato com a Votorantim Energia, empresa que administra a Barragem Pedra do Cavalo, e foi informada que não houve nenhuma alteração no funcionamento da usina nos últimos dias, assim como a própria empresa já havia informado à imprensa.

Segundo Anderson Nascimento, coordenador do Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), único dedicado ao monitoramento no nordeste e cobre toda região, informou que o tremor relatado pelos moradores de Cachoeira não foi registrado por eles. Anderson acredita que o tremor não foi captado no monitoramento, porque foi de baixa intensidade.

Nas redes sociais, foram muitos relatos: "Pior que é verdade. Eu estava deitada e senti a minha cama tremer, exatamente às 18h52", disse uma moradora.

Outro morador escreveu que sentiu móveis tremer: "A terra tremeu em Cachoeira há poucos instantes. Na Ladeira da Cadeia teve gente sentindo até os móveis tremer. Vamos ver o que está acontecendo em nossa cidade".

Além de relatos, houve ainda suposições do que teria ocorrido. Algumas pessoas acharam que tinha relação com a Usina Hidrelétrica Pedra do Cavalo. Por meio de nota, empresa responsável pela usina tranquilizou os moradores ao informar que não houve nada anormal no local e que todas as operações seguem tranquilas. "No que diz respeito à operação da Votorantim Energia está tudo tranquilo", informou na nota.

G1/BA

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