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Foto: Reprodução/TV Bahia |
A morte da
menina Beatriz, brutalmente assassinada aos 7 anos, com 42 perfurações
provocadas por uma faca de cozinha, completou cinco anos nesta quinta-feira
(10) e segue sem solução.
A família da
menina é de Juazeiro, no norte da Bahia, mas o pai trabalhava em uma escola
particular de Petrolina (PE), cidade vizinha a Juazeiro. Angélica Beatriz e a
irmã estudavam na mesma unidade de ensino. Foi lá que ela foi morta.
Às 22h08 de
10 de dezembro de 2015, a menina se afastou dos pais e foi até o bebedouro do
colégio e desapareceu. Posteriormente, foi encontrada morta em um depósito da
instituição de ensino.
"Todo
dia eu vivo o dia 10 de dezembro de 2015. É angustiante, dói na carne, nos
ossos, não ter Beatriz do nosso lado, não poder sentir o cheiro. É como se
faltasse a minha vida. Tirar um filho de uma mãe já é difícil, mas da forma que
foi tirada, é muito cruel, é covardia destruir a vida de uma criança de 7
anos", fala Lúcia Mota, mãe de Beatriz.
São cinco
anos de uma caminhada incansável e dolorosa para dos pais de Beatriz na busca
por Justiça pelo assassinato da filha. O caso continua sendo investigado pela
Polícia Civil de Pernambuco, mas até hoje não foi solucionado.
A família
decidiu fazer uma investigação paralela com uma equipe especializada e
encontrou provas que podem ajudar nas investigações e chegar aos criminosos que
interromperam a vida da criança.
A família
obteve a informação que a polícia identificou e prendeu um suspeito de ter
cometido o crime, mas os pais da menina não acreditam que essa pessoa seja o
verdadeiro assassino.
"A
gente chama de bode expiatório. A pessoa que não tinha nada a ver, só porque
tinha uma semelhança física com o suspeito real. Na nossa investigação
particular paralela, nós temos algumas pessoas que nos ajudam, e conseguimos
antever essa manipulação da Polícia Civil de Pernambuco. Nós não queremos que
um inocente pague por um crime que não cometeu", revela Sandro Romildo,
pai de Beatriz.
A família
está com uma campanha de arrecadação na internet para custear a investigação
paralela e deseja que o caso seja investigado pela Polícia Federal.
"A
gente não acredita, realmente, que a Polícia Civil de Pernambuco tenha
condições de elucidar. Eles não andam mais, não dão nenhum passo a mais",
diz Sandro.
Por causa
daquele fatídico dia, o futuro de beatriz só existe hoje no sonho da mãe
"Eu
sonho muito. Eu já tive sonhos que parecia que ela estava do meu lado. Você
sente até a diferença do corpo, olhar para ela e dizer: ‘Meu amor, como você
cresceu’. Sonhos que parecem ser reais”, relata Lúcia.
Na casa onde
moravam com Beatriz, os pais falaram das lembranças e sonhos da criança.
"São
muitas lembranças, lembranças boas, que dão saudade. Não é que dói estar aqui,
muitas vezes me acalenta, mas falta a continuidade. Beatriz se conectava cem
por cento com esse ambiente. O sonho dela era ser veterinária. Difícil estar
aqui sem ela", detalha a mãe.
A reportagem
entrou em contato com a Polícia Civil de Petrolina, questionando sobre
atualizções do caso e prisão de suspeitos. Em nota, eles disseram que não é
possível fornecer informações porque a investigação segue sob segredo de
justiça. A polícia também foi questionada sobre a investigação paralela
conduzida pela família, e a resposta foi que o inquérito policial segue o curso
com total empenho da corporação.
A nota diz
ainda que um funcionário da escola, suspeito de apagar as imagens das câmeras
de segurança da unidade, chegou a ter a prisão preventiva decretada mas que,
posteriormente, teve o mesmo pedido revogado e está solto.
Por G1 BA