A
Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou, nesta
quarta-feira (16), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios baianos
(2017-2018). No que diz respeito ao PIB dos Municípios, este é obtido a partir
do rateio do valor adicionado bruto dos setores do PIB estadual entre os
municípios, tomando como base estruturas de atividades construídas para cada um
dos municípios.
Em 2018, o
PIB baiano somou R$ 286,2 bilhões, sendo R$ 250,5 bilhões referentes ao Valor
Adicionado (VA) e R$ 35,7 bilhões relativos aos Impostos sobre Produto. A
Agropecuária foi o setor que apresentou melhor destaque positivo, cresceu 15,9%
em volume, e sua participação passou de 6,7% em 2017 para 7,6% em 2018, onde se
destacaram as atividades para agricultura pós-colheita e cultivo da soja. Já a
Construção Civil, com retração de -2,8%, e a atividade de Serviço de Informação
e Comunicação (-5,3%) foram as atividades que registraram queda em 2018.
“Essa dinâmica dos setores econômicos
influenciou de forma diferenciada o PIB de cada um dos 417 municípios. Dessa
forma, o desempenho positivo da Agropecuária foi relevante para determinar o
ganho de participação dos municípios onde esta atividade tem maior impacto. As
atividades de energia eólica e extrativa mineral também contribuíram com o bom
desempenho dos municípios que mais cresceram em variação nominal em 2018”,
ressaltou o secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro.
Por outro
lado, Indústria de Transformação – refino de petróleo – e a Construção Civil
foram as atividades que contribuíram negativamente para a retração industrial,
determinando a queda de participação dos municípios de grande relevância nesse
setor.
Os destaques
em âmbito nacional no ano de 2018 foram os municípios de São Desidério e
Formosa do Rio Preto, que ocuparam respectivamente o primeiro e segundo lugar
no ranking nacional do valor adicionado da Agropecuária. Os municípios da
região Oeste, Jaborandi (60,2%), São Desidério (54,8%), Formosa do Rio Preto
(54,5%) e Correntina (53,6%) se destacaram no setor agropecuário principalmente
com o cultivo da soja e algodão. Os municípios de Mulungu do Morro (318,7%) e
Sento Sé (96,2%) tiveram melhor desempenho por conta da energia eólica. Já o
município de Maracás (86,4%) apresentou destaque na extrativa mineral e o
município de Cairu se destacou por conta da produção de gás.
Além dos
municípios mencionados anteriormente, Camaçari se destaca no valor adicionado
da Indústria (especificamente indústria de transformação), ocupando a primeira
posição no Nordeste e décimo sétimo no ranking nacional dos municípios
industriais. Salvador aparece como principal e mais importante município baiano
na composição do valor adicionado do setor de Serviços, onde se destaca na
oferta dos serviços de turismo, atividades financeiras, atividades de comercio
e administração pública. Em 2018, Salvador se posicionou no segundo lugar no
Ranking do PIB dos municípios nordestinos e Camaçari no quinto.
Já na
análise da renda per capita (PIB per capita), São Francisco do Conde, apesar da
queda na indústria do refino é o primeiro no Ranking do PIB Per capita
nordestino e décimo no Ranking Nacional.
Ascom/SEI