Uma viagem com o marido terminou em choque e revelações para uma mulher. Após uma blitz da PRF (Polícia Rodoviária Federal) nessa quarta-feira (10), a esposa descobriu que o homem com quem é casada, na verdade, possui um outro nome. E mais: o nome falso, “furtado” do próprio sobrinho, é utilizado há mais de 10 anos para esconder um crime de latrocínio – ou seja, roubo seguido de assassinato.
As revelações escondidas há mais de uma década ocorreram graças a uma operação de rotina da PRF, no posto de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. No fim da tarde de ontem, por volta das 16h40, os policiais decidiram parar um Gol vermelho. Na hora em que o motorista, de 38 anos, apresentou a CNH (Carteira Nacional de Habilitação), os agentes identificaram indícios de adulteração. “O que elevou a suspeita da equipe que realizava a fiscalização”, diz trecho de nota divulgada pela corporação.
Os policiais rodoviários, então, decidiram fazer buscas por sistemas criminais e descobriram a verdadeira identidade do homem, que fugiu em 2009 de uma penitenciária de Janaúba, no Norte de Minas, onde cumpria pena pelo crime de latrocínio. “A partir desse momento, passou a utilizar documentos falsos com o nome de um sobrinho”, relata o porta-voz da PRF, inspetor Aristides Junior.
Choque
Após a fuga, em 2009, o homem se mudou para o estado de São Paulo para começar uma nova vida: inclusive, casou-se com uma mulher, com quem vive há cerca de três anos. Depois de tanto tempo junto, as revelações. “No momento da abordagem, a esposa estava dentro do veículo com ele. Nem ela sabia da verdadeira história do marido. Não sabia que era presidiário. Só o conhecia pelo nome que ele se apresentava, que no caso era de um sobrinho”, conta Junior.
“Pra ela também foi uma surpresa descobrir a verdadeira história do marido”, complementa o porta-voz da corporação. A viagem que tinha como destino o litoral de São Paulo terminou com a prisão do homem, foragido há 11 anos, e com o choque para a mulher. O homem foi encaminhado para a sede da Polícia Federal em Belo Horizonte, onde também responderá pelo uso de documento falso.
Bhaz