O Auxílio Emergencial está sendo super aguardado por aqueles que ficaram sem renda no final do ano passado. Porém, como depende da política, a palavra emergencial fica sem efeito. O que resta é esperar a votação da PEC Emergencial, amanhã (3). Será ela a responsável pela volta do auxílio.
Até agora, existe a possibilidade ser liberada quatro parcelas de R$ 250,00. Sendo que o governo realizou um verdadeiro pente-fino no beneficiários para contemplar apenas aqueles realmente terão direito ao benefício. O que significa terá uma redução de pessoas que irão receber o auxílio.
Porém, já se sabe que os 14 milhões que são beneficiados pelo Bolsa Família irão receber a nova rodada do auxílio emergencial.
O novo auxílio emergencial deverá inciar o pagamento de suas quatro parcelas, a partir de março. Ainda não existe um valor definido, porém, a equipe econômica deseja que o valor seja entre R$ 200 e R$ 250,00. Enquanto isso, Governo Federal segue em discussão sobre como arrecadar fundos para custear a nova rodada de pagamentos.
Veja quem está fora da novo Auxílio Emergencial
A seleção reduzirá o número de auxiliados do ano passado, de 68 milhões, apenas 40 milhões serão contemplados em 2021.
Por causa do pente-fino, milhões de pessoas ficarão sem receber o auxílio emergencial. No ano passado, no mês de abril, teve inicio o auxílio emergencial com parcelas de R$ 600, em seguida houve uma extensão no valor de R$ 300. Em 2020, 65 milhões de brasileiros foram beneficiados.
Para 2021, a expectativa é que apenas 40 milhões de brasileiros recebam as parcelas que deverão começar a ser pagas em março.
Pente-fino dos beneficiários
A Secretaria de Governo Digital e a Secretaria de Previdência e Trabalho serviram de base para o cruzamento de 11 bases de dados para verificar a situação dos beneficiários. Em breve, a nova ferramenta será usada para programas de distribuição de emprego e renda.
Caso conste qualquer informação no cruzamento de dados do governo que vá contra as regras da nova prorrogação, os beneficiários que receberam no ano passado poderão ficar de fora da nova prorrogação.
Os brasileiros que não receberam o auxílio emergencial em 2020 vão ficar de fora da nova rodada de pagamentos. A regra vale tanto para quem solicitou o benefício no ano passado e foi negado, bem como para as pessoas que durante o decorrer do ano passado e inicio deste ano, perderam seus trabalhos bem como suas fontes de renda.
Também será mantida a regra que pessoas que estejam trabalhando com carteira assinada, ou que recebam benefícios de programas sociais do governo, não terão direito ao auxílio emergencial.
De acordo com informação apurado pelo jornal Estado de S. Paulo o governo não abrirá as portas para um novo cadastramento do auxílio emergencial. O objetivo do governo é reajustar o pagamento a base de dados que já recebeu o benefício no ano passado.
Segundo análises realizadas pelo Governo Federal já existe um número muito grande de beneficiários do auxílio emergencial onde foi necessário redesenhar os critérios para concentrar o pagamento nos cidadãos que realmente fazem jus ao recebimento das novas parcelas do auxílio emergencial.
No mais, outro entrave para que o governo consiga liberar um novo cadastramento é que o orçamento limite para nova rodada de pagamentos é de R$ 44 bilhões, o que acaba restringindo o número de pessoas que podem receber o auxílio emergencial.
Quem vai ficar de fora?
Segundo informações da nova peneira realizada pelo ministério da Economia, os trabalhadores que no ano passado estavam desempregados e este ano conseguiram emprego estão fora da nova rodada de pagamentos.
Assim como os segurados do INSS que estavam na fila de espera para concessão de algum benefício previdenciário e que este ano tiveram o benefício concedido também estão fora.
Contudo, o grande problema diz respeito aos trabalhadores que tenham ficado desempregados desde o segundo semestre do ano passado, ou ainda para aqueles que recebiam algum benefício do governo ou previdenciário e que não recebem mais e também vão ficar de fora dos pagamentos pois não haverá um novo cadastramento para receber o auxílio.
Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha – jornalista do Jornal Contábil