O novo auxílio emergencial será pago a 40,2 milhões de pessoas. Dessa maneira, 28 milhões de antigos beneficiários ficarão de fora dos novos pagamentos. Em 2020, o auxílio contemplou 68,2 milhões de famílias.
Essa diminuição no quantitativo de famílias beneficiadas é devido ao recurso reduzido para financiar o auxílio emergencial. Na PEC (Proposta de Emenda à Constituição) Emergencial o programa foi limitado a R$ 44 bilhões.
No ano passado, segundo a Caixa Econômica Federal, o governo precisou desembolsar R$ 292,9 bilhões. Esse valor foi distribuído aos mais de 68 milhões de pessoas em cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300.
Número de beneficiários do auxílio emergencial
Segundo as informações, 46 milhões de pessoas serão beneficiadas com o pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial 2021. Cerca de 20 milhões de famílias, irá receber R$ 150. Essa é a maior parte dos beneficiários, ou seja, 43% dos contemplados irão receber a parcela de menor valor.
Os R$ 150 serão repassados para as famílias compostas por um único membro e quem tem direito a receber a ajuda financeira. Segundo o Dieese, R$ 150 só compra 23% da cesta básica em São Paulo, 29% em Belém e 31% em Salvador.
Já 16,7 milhões de famílias, que são compostas por mais de um integrante, vão receber R$ 250. Com esse valor é possível comprar 39% da cesta básica em São Paulo, 49% em Belém e 52% em Salvador.
A parcela mais alta, de R$ 375, será repassada para o menor grupo, as mulheres chefes de famílias monoparentais. Serão 9,3 milhões de mulheres que terão direito a esse valor e poderão comprar 59% da cesta em São Paulo, 73% em Belém e 78% em Salvador.
Redução de beneficiários do auxílio emergencial nos estados
A Rede Renda Básica Que Queremos acredita que no estado de São Paulo 5,4 milhões de pessoas não irão receber o novo auxílio emergencial. Minas Gerais é a segunda região com o maior número de beneficiários fora do programa, 2,7 milhões.
A Bahia vem em terceiro lugar com 2,4 milhões e o Rio de Janeiro, com 2,3 milhões. Em todos os estados haverá beneficiários fora da nova rodada de pagamentos, porém esses quatro serão os mais afetados.
A Rede Renda Básica Que Queremos também lembra que o estado com o maior percentual de pessoas que recebeu a ajuda financeira em 2020, considerando o tamanho da população, foi o Piauí. 40% dos piauienses recebem o auxílio, porém, este ano, esse percentual deve cair para 24%.
No Maranhão, a estimativa é que haja uma queda de 17%, passando dos 38% para 21%. Essas estimativas são feitos com base nos dados do Ministério da Economia, Ministério da Cidadania e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Valor do auxílio emergencial
O auxílio emergencial terá um valor variável de R$ 150 a R$ 375. Segundo o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o benefício será pago a apenas um membro da família, no valor de R$ 250. Porém, as pessoas que moram sozinhos só receberão R$ 150.
As mulheres com filhos e que são chefes de família monoparental receberão o valor mais alto, de R$ 375. A ideia é pagar quatro parcelas, porém, pode haver prorrogação, caso o número de casos de Covid-19 continue descontrolado.
O presidente da república queria começar a primeira parcela aos beneficiários do Bolsa Família ainda este mês. Porém, com o atraso da aprovação da PEC Emergencial, o benefício deve iniciar em abril.
Dessa maneira, o primeiro grupo a receber será os que estão fora do Bolsa Família e que receberão, conforme o mês de nascimento. Em seguida, os beneficiários do Bolsa poderão ter acesso ao valor, seguindo o calendário tradicional do programa.
É importante lembrar que o pagamento do Bolsa Família segue o calendário divulgado pela Caixa Econômica Federal, banco responsável pelos depósitos. A divisão dos beneficiários é conforme o final do Número de Identificação Social (NIS).
Sendo assim, a partir do dia 16 de abril, essas famílias começarão a receber o novo auxílio emergencial. Os pagamentos iniciam com quem tem o NIS terminado em 1 e finaliza com o 0, no dia 30 de abril. Os pagamentos seguirão até o mês de julho.
Fdr