Associação dos Policiais e Bombeiros e de seus Familiares
do Estado (Aspra) acusa ao governador de usar o comando da Polícia Militar da
Bahia para pressionar a tropa com mais operações e números de abordagens,
exigindo também que sejam enviadas fotos das operações e das pessoas abordadas
para grupos de Whatsapp, sendo suspeitos ou não.
“Ser policial é uma profissão de risco, mas agora o risco
foi potencializado com a pandemia, pois além de expor a tropa ao contágio, os
policiais tornam-se vetores de transmissão ao cumprir as ordens ilegais do
governador e comandante geral. Quem se nega é ameaçado com perseguição e
transferências”, desabafa o policial José Pereira (nome fictício), que prefere
não se identificado.
Além das fotografias ordenam que vídeos sejam gravados
com o objetivo de utilizá-los nas mídias sociais, ou seja, o governador quer
mostrar uma falsa sensação de segurança e o policial paga com a vida ao se
expor desnecessariamente O Coordenador da ASPRA, deputado Soldado Prisco tem
recebido várias denúncias e pedidos de socorro de PMs.
“No manual de abordagem da PMBA em nenhum momento fala
sobre um policial responsável por fotos. A ordem além de ilegal vai de encontro
a própria doutrina da PMBA. Temos alertado ao Comando Geral e ao governador Rui
Costa a esse respeito, mas infelizmente eles estão insensíveis a essa
realidade.”, esclarece Prisco.
Aspra Bahia