Baixa eficácia da CoronaVac pode resultar em aplicação de terceira dose

Autoridades de saúde da China admitiram publicamente pela primeira vez que estão preocupadas com a baixa eficácia de suas vacinas contra a covid-19, incluindo a CoronaVac, que é fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan.

De acordo com Gao Fu, uma das principais autoridades sanitárias chinesas, em publicação feita ontem (10) e retirada do ar posteriormente, os laboratórios “estudam maneiras para solucionar o problema”, misturando doses de diferentes vacinas e alterando o intervalo entre uma dose e outra.

Gao também ressaltou a importância das vacinas com RNA mensageiro, tecnologia utilizada pelos imunizantes da Moderna e da Pfizer/BioNTech, esta última recusada pelo governo federal brasileiro, apesar de amplamente utilizada em todo o mundo. “Todos devemos considerar os benefícios que as vacinas de mRNA podem trazer para a humanidade”, disse o cientista.

Também está sendo avaliada a possibilidade de aumentar a quantidade de doses do imunizante. As informações são do Financial Times, que também relata dados da CoronaVac no Chile. A vacina teve uma eficácia de 56,5% duas semanas depois da segunda dose no país, mas de apenas 3% depois da primeira dose.

No Brasil, a possível implementação de uma terceira dose da CoronaVac agravaria a escassez de vacinas no país, que ainda depende da produção chinesa do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima para o imunizante.

O Correio

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