Tornou-se comum uma pessoa ter um celular roubado ou pelo menos conhecer alguém que já passou por uma situação dessa. Somente neste ano, de janeiro a abril, a Bahia registrou 10 mil ocorrências de tentativa, roubo ou furto de aparelhos celulares. Diante disso, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) lançou uma plataforma que vai possibilitar a recuperação de celulares roubados de forma mais rápida.
O “Alerta Celular” já está disponível a partir desta terça-feira (11). A intenção é também de dificultar o comércio ilegal de aparelhos roubados. A ferramenta foi apresentada durante coletiva de imprensa concedida pela SSP.
Na plataforma, o cidadão deve cadastrar o número de IMEI do aparelho e, em caso de roubo, acionar em até 48 horas. A SSP destaca o cadastro precisa ser feito por um maior de idade e que, em caso de roubo, o alerta deve ser feito pelo próprio cidadão e estar vinculado ao registo da ocorrência na delegacia digital ou em unidade da Civil mais próxima.
Policiais terão à mão o sistema durante abordagens e vão conferir os números do IMEI de aparelhos apreendidos para identificar se o celular é fruto de roubo. Caso o aparelho esteja cadastrado no Alerta Celular, o proprietário receberá uma notificação e poderá reaver o celular.
Neste ano 170 aparelhos foram recuperados e devolvidos aos donos. O objetivo é aumentar esse número. Em 2019 a Polícia Civil sinalizou que celulares roubados e recuperados acabam não voltando aos donos por falta de queixa. Quando localizados, os itens ficam armazenados em delegacias à espera do registro das pessoas lesadas. O roubo de aparelhos celulares é apontado pela Delegacia de Furtos e Roubos (DRFR) e o Grupo de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc) como o crime mais comum registrado em Salvador, segundo a corporação.
A plataforma foi desenvolvida em parceria entre o governo da Bahia e do de Pernambuco e foi pensada para contribuir em várias vertentes. “A primeira é a reparadora, cujo principal objetivo é a possibilidade de devolver ao respectivo dono o seu aparelho. A vertente preventiva que visa diminuir os índices de comercialização e receptação desses aparelhos, desestimular o comércio ilegal; e tem a vertente repressiva, de responsabilizar pessoas que adquirem aparelhos oriundos de ação ilícita”, explicou o diretor de Avaliação Operacional da Superintendência Integrada da ação policial, major Rubenilton Andrade.
Redação: Ailma Teixeira / Jade Coelho