Foto: Reprodução/TV Centro América |
Moradores de Cuiabá formaram
fila na frente de um açougue do Bairro CPA 2, nesta semana, para pegar ossos
doados pelo estabelecimento. Dezenas de famílias que estavam no local contaram
que estão passando por dificuldades financeiras.
As doações são feitas pelos
funcionários pela porta dos fundos do açougue.
“A gente está vindo por
necessidade mesmo. Não tenho vergonha de falar que preciso. Ainda tem pessoas
boas nesse mundo”, pontuou a aposentada Zilda Pereira.
A doutora em sociologia
política, Silvana Maria Bitencourt, afirma que não é de hoje que a desigualdade
social assombra as famílias brasileiras. Para ela, cada região do país tem a
sua realidade.
Silvana reforça que correntes
de solidariedade são extremamente importantes, mas isso também envolve políticas
públicas.
“Não podemos tirar a
responsabilidade do estado. É preciso olhar para essa população”, pontuou.
Doação em Cuiabá
Comerciantes das bancas da
Central de Abastecimento e Distribuição de Cuiabá doam alimentos que não são comercializados
nas feiras. As pessoas se cadastram e, uma vez na semana, passam pelas bancas
em busca vegetais, legumes ou frutas.
Atualmente, são 420 pessoas e
40 entidades cadastradas para receber os alimentos.
Segundo o auxiliar
administrativo da Central, Pedro Viginoli Neto, todos os dias tem gente pedindo
ajuda pra alimentar a família ou ajudar os vizinhos.
De acordo com a presidente da
Associação dos Permissionários da Central de Abastecimento a intenção é atender
mais famílias.
A pescadora Margarida de Souza
saiu de Santo Antonio de Leverger, a 35 km da capital, para buscar alimentos na
Central. O que ela pega nas bancas vai parar na mesa dela e de outros vizinhos
também.
A dona de casa Luciane
Aparecida da Silva aproveita os alimentos descartados para desenvolver um
projeto social no bairro onde mora. Ela prepara refeições e distribui para
famílias carentes.
G1