E acabou o jejum. Depois de 28 anos, a Argentina pode, enfim, soltar o grito de campeã. Mais do que isso. Messi tira um peso enorme de seus ombros. O artilheiro, camisa 10 e capitão vai erguer uma taça com a seleção principal no mesmo Maracanã que lhe viu chorar sem o título do Mundial de 2014. Na noite deste sábado (10), a seleção alviceleste impôs a primeira derrota ao Brasil de Tite após 13 jogos de invencibilidade e faturou sua 15ª Copa América, igualando o Uruguai como maior campeão. Um 1 a 0 histórico, com um gol de Di María, desbancando também uma sequência brasileira de vitórias em jogos oficiais contra a Argentina desde 2005. No Maracanã, a Canarinho não perdia para os hermanos desde 1998.
O jogo
Logo aos dois minutos de jogo, a seleção brasileira viu Fred, um volante de marcação, tomar um cartão amarelo que desequilibrou o planejamento do time comandado por Tite em um confronto físico e muito pegado contra os argentinos. Jogadas ríspidas foram registradas, com Neymar tendo até mesmo o calção rasgado em uma disputa na área.
Mas faltou ao Brasil igualar ao menos essa intensidade argentina sem a bola, já que encontrou notórias dificuldades criativas com Paquetá jogando praticamente sozinho pelo meio - e não acertando muita coisa, enquanto Cebolinha e Richarlison pouco contribuíram ofensivamente. Apesar das tentivas, Neymar também teve dificuldades de entrar no jogo. Para se ter ideia, foram cinco finalizações brasileiras, todas travadas ou atrapalhadas pela marcação.
A Argentina teve como ponto de equilíbrio Paredes no meio. E fez o que se esperava quando se tem uma chance em uma final. Guardou. Destaque para a visão de jogo de De Paul, que aos 21 minutos da etapa inicial lançou Di Maria, aposta de Scaloni na grande decisão, e o camisa 11 não perdoou, encobrindo o goleiro Ederson com um toque de classe. Um golaço. O primeiro gol de Di Maria pela seleção desde a partida contra a França, pelas oitavas de final da Copa de 2018.
Buscando corrigir este buraco criativo no meio-campo, Tite sacou o amarelado Fred e promoveu a entrada de Firmino. O Brasil apresentou uma melhora ofensiva, com Richarlison bem aberto na direita, Firmino puxando a marcação e Neymar tendo uma maior liberdade por dentro. As redes de Martinez chegaram a balançar em uma finalização de Richarlison, mas o Pombo estava impedido.
Tite promoveu mais alterações para deixar o time ainda mais ofensivo. Vinícius Júnior e Gabigol carregavam as esperanças dos brasileiros na tentativa de furar a defesa argentina. Gabigol teve uma otivam chance aos 41 minutos, em voleio dentro da área, mas Martinez defendeu. Todavia, o Brasil não esteve em uma noite inspirada. Messi teve duas chances de matar o jogo, parando em Ederson. Porém, o título não passaria desta vez. Chegou o momento. Messi é campeão pela Argentina.
O Tempo
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