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Foto: Reprodução |
Na noite de domingo (11),
vídeos de DJ Ivis caíram na web mostrando-o agredindo a companheira, Pamella
Gomes de Holanda. Ela publicou as imagens em seus stories do Instagram
mostrando uma série de vídeos em que aparece sendo atacada com tapas, socos e
chutes por ele. Em um deles, ela chega a ser agredida quando está próxima e até
segurando a filha de nove meses do casal. Momentos depois, o DJ também
compartilhou vídeos com a mulher tentando agredi-lo, além de exibir um boletim
de ocorrência feito em março. À polícia, ele afirmou ter discutido com a mulher
e que estava “constrangido” e “com medo do comportamento desequilibrado” de
Pamella.
Mas, o que acontece no cérebro
de um homem que toma uma atitude dessas? Segundo o PhD, neurocientista,
neuropsicólogo e biólogo Fabiano de Abreu, as disfunções em regiões específicas
do cérebro resultam em atitudes incoerentes. “Não é doença, portanto é cabível
de punição e não é desculpa para a ação. Este comportamento agressivo pode ter
gatilho genético, com propulsão derivado de traumas na infância, ambientais ou
disfunções do sistema límbico devido a fatores emocionais que aumentam a
probabilidade com a intensidade da ansiedade”.
Além disso, Fabiano explica
que fatores como culturais, educacionais, e relação com a falta de conhecimento
sugerem ações emocionais e incoerentes. “Por mais que a pessoa tenha fatores
que interferem nessas disfunções, através da plasticidade cerebral é possível
balancear e aprimorar a conexão do córtex pré-frontal, região racional do
cérebro com o sistema límbico, região do lobo temporal relacionado com o
sistema emocional”.
Outro detalhe que precisa ser
observado é que o “desequilíbrio entre os estímulos límbicos ascendentes e os
mecanismos pré-frontais de controle descendentes resultam em comportamentos
impulsivo-agressivos. A informação é modulada por fatores culturais e sociais e
pode ser distorcida por déficits de processamento que pode ser influenciada por
esquemas negativos secundários ao estresse do desenvolvimento, traumas ou
experiências negativas duradouras. Assim como o uso abusivo de álcool e/ou
drogas”, acrescenta o neurocientista.
Vale lembrar que alguns tipos
de transtornos podem estar envolvidos com neurotransmissores. “Como a
serotonina, dopamina, a noradrenalina, entre outros, eles estão envolvidos no
equilíbrio entre os impulsos ascendentes e o controle descendente resultantes
de estimulação aversiva ou provocativa”. Abreu orienta ainda que “as pessoas
que possuem comportamento agressivo com ataques de fúria precisam procurar
ajuda profissional para que, com terapia ou até mesmo uso de
psicofarmacológicos possam evitar comportamentos que causem danos a si ou a
sociedade”, completa.
CPAH