Foto: Reprodução / Alan Santos-PR |
O presidente Jair Bolsonaro
não descarta a possibilidade de que o governo federal estenda o pagamento do
auxílio emergencial para 2022. De acordo com o chefe do Executivo, se a
pandemia da covid-19 não arrefecer, o benefício será estendido novamente, assim
como aconteceu neste ano.
“Somente no ano passado, nós
gastamos em torno de R$ 300 bilhões com o auxílio emergencial. Isso equivale a
mais de 10 anos de Bolsa Família. Neste ano, demos mais quatro meses de
auxílio. A gente espera que, com o término da vacina, com a questão da pandemia
sendo dissipada, não seja mais preciso isso. Mas, se porventura continuar, nós
manteremos o auxílio emergencial”, disse o presidente nesta sexta-feira
(30/7), em entrevista à Rádio Rock, de São Paulo.
Bolsonaro destacou, contudo,
que o governo vai intensificar o planejamento para turbinar o Bolsa Família. O
plano é aumentar o valor médio do benefício de R$ 192 para R$ 300 e ampliar a
quantidade de pessoas atendidas para 17 milhões.
“A economia está voltando
agora. Em junho, houve a criação de mais 309 mil empregos. A economia formal
está indo bem, mas a informal ainda não. Mas a questão do auxílio emergencial e
do Bolsa Família temos que, realmente, pensar nisso. Gastar dinheiro nisso ou
se endividar, que é a palavra mais correta, para atender aos mais necessitados
até que a economia volte a sua normalidade”, destacou.
Ritmo de vacinação
Na entrevista, Bolsonaro disse
que o Brasil “está indo muito bem” na imunização contra o novo coronavírus. Ele
ainda corroborou a estimativa do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de que
todos os brasileiros que quiserem ser vacinados estarão totalmente imunizados
até novembro.
“Tirando os países que
produzem as vacinas, o Brasil é o melhor de todos. A nossa programação foi bem
feita e está sendo executada, e grande parte das empresas tem honrado esse
contrato de entregá-las na época acertada”, observou.
Questionado sobre a
possibilidade de uma nova campanha de vacinação contra a covid-19 ser
necessária para o ano que vem, o presidente comentou que isso deve acontecer.
“Não se tem certeza de qual é a validade da vacina. Em média, é um ano. Nós
achamos que esse vírus não vai nos deixar”, reconheceu Bolsonaro.
Ele destacou que o governo
trabalha para disponibilizar mais imunizantes à população, dentre eles a vacina
que está em desenvolvimento pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações,
a partir de dezembro.
“Assinamos também um contrato
de transferência de tecnologia com a AstraZeneca, e nas próximas semanas, além
do IFA, nós poderemos fabricar a vacina da AstraZeneca no Brasil. Isso diminui
bastante o custo para nós, que é um custo altíssimo”, completou.
.
Correio Braziliense