Foto: Reprodução / Marcos Corrêa / PR |
A Câmara dos Deputados
decidiu nesta terça-feira (10) rejeitar e arquivar a proposta de emenda à
Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e
referendos. O resultado representa uma derrota para o presidente Jair
Bolsonaro, defensor da ideia. Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo,
308 votos. No entanto, o texto elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) teve
o apoio de apenas 229 deputados. Outros 218 deputados votaram contra a PEC, e
um parlamentar se absteve. Ao todo, 448 votos foram computados. Com isso, o
texto será arquivado e o formato atual de votação e apuração deve ser mantido
nas eleições de 2022. “Eu queria, mais uma vez, agradecer ao plenário desta
Casa pelo comportamento democrático de um problema que é tratado por muitos com
muita particularidade e com muita segurança. A democracia do plenário desta
Casa deu uma resposta a esse assunto e, na Câmara, eu espero que esse assunto
esteja definitivamente enterrado”, disse o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A impressão do voto depositado na urna eletrônica é defendida por Bolsonaro,
que tem feito ataques sem provas ao sistema eleitoral e já ameaçou agir “fora
das quatro linhas” da Constituição. Bolsonaro tem acusado ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) de interferir no debate e, em diversas oportunidades,
ameaçou com a não realização das eleições em 2022 caso não fosse aprovada a
matéria.
G1