Foto: Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Por Jonas Valente
Depois do Ministério da
Saúde suspender a orientação de vacinação de adolescentes sem comorbidades
contra a Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu
comunicado em que diz não ver razão para mudar as condições aprovadas pelo
órgão para a vacina da Pfizer/BioNTech.
“Com os dados disponíveis
até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações da
bula aprovada, destacadamente, quanto à indicação de uso da vacina da Pfizer na
população entre 12 e 17 anos”, diz a Anvisa.
Em junho deste ano, o imunizante
teve o uso em pessoas com 12 anos de idade ou mais autorizado pela agência. A
aplicação nesse público, em pessoas com e sem comorbidades, foi então indicada
pelo Ministério da Saúde para iniciar ontem (15). Mas a pasta voltou atrás sob
argumentos de adotar cautela para esse público.
No comunicado, a Anvisa diz
que investiga o caso do adolescente paulista morto após ser vacinado com uma
dose da Pfizer/BioNTech, um dos episódios que chamou a atenção para possíveis
efeitos.
A agência ressalta que ainda
não há uma relação de causa encontrada entre a morte e a aplicação da vacina.
Os dados obtidos ainda são “preliminares” e precisam ser analisados para
confirmar ou descartar uma suposta relação entre os dois episódios, disse a
Anvisa.
O órgão acrescenta que todas
as vacinas autorizadas no Brasil são monitoradas constantemente a partir da
notificação de efeitos adversos. “Até o momento, os achados apontam para a
manutenção da relação benefício versus o risco para todas as vacinas, ou seja,
os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais
riscos”.
A Anvisa lembra que a
aprovação do uso da vacina da Pfizer/BioNTech em adolescentes levou em
consideração estudo com 1.972 pessoas nessa faixa etária, com eficácia de 100%
nos grupos avaliados. (bahia.ba)