O registro de novos casos de maus-tratos envolvendo jumentos na Bahia, estado recordista no abate dos animais no país, acendeu o alerta das autoridades — em diversas propriedades rurais, fiscais flagraram nos últimos meses uma série de irregularidades.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, entre os problemas encontrados estão o confinamento em espaços lotados, ausência de alimentação, falta de água, animais feridos e, até mesmo, o aborto forçado de femêas.
Os jumentos abatidos na Bahia e são exportados principalmente para a China e para Hong Kong (território semiautônomo que pertence ao governo chinês), onde a indústria extrai do couro e da pele do animal uma substância utilizada para produzir o ejiao —remédio que promete combater o envelhecimento, aumentar a libido nas mulheres e reduzir doenças do órgão reprodutor feminino.
Mais de 200 jumentos foram encontrados pela polícia sob condições degradantes de confinamento, antes de serem enviados para o abate em frigoríficos, em pelo menos três municípios baianos: Itatim, Paulo Afonso e Rodelas.
No ano passado, o estado, com apenas três frigoríficos licenciados pelo Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura, liderou os abates legais de equídeos, com 45.624 animais mortos, à frente de Rio Grande do Sul (12.014) e Minas Gerais (7.076).
Bnews