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Foto: Reprodução/TV Bahia |
O governador da Bahia, Rui
Costa, disse nesta terça-feira (14) que a origem e as causas do consumo de
drogas no Brasil precisam ser debatidas. O gestor falou sobre o assunto após
ser questionado sobre as mortes recentes de policiais no estado.
"É um debate que o
Brasil precisa fazer. Não dá mais para discutir apenas as consequências da
droga. Tem que discutir a origem, a causa do problema que é o consumo das
drogas", disse o governador.
"Esse consumo absurdo
que fez com que o Brasil seja o 3º, 4º ou 5° pais que mais se consome droga. A
droga financia atividade criminosa e adolescentes que são envolvidos com o
crime, que termina sendo vítimas ou autores de homicídios", completou.
No sábado (11), o policial
da Companhia Independente de Policiamento Tático (Rondesp) Antônio Elias Matos
da Silva foi morto durante rondas em Porto Seguro. Um dia depois, o tenente da
Polícia Militar Mateus Grec morreu em uma troca de tiros com suspeitos de
tráfico de drogas no bairro de Cosme de Farias, em Salvador.
No início da noite de segunda-feira
(13), o soldado da Polícia Militar de Juazeiro, no norte da Bahia, Joanilson da
Silva Amorim, que tinha 32 anos, foi morto por engano, durante uma operação da
Polícia Civil de Petrolina, cidade pernambucana vizinha a Juazeiro.
"As providencias são de
buscas da segurança pública e fazer um debate com a sociedade brasileira. O
tráfico de drogas é responsável por 80% dos homicídios no Brasil, direta ou
indiretamente. Precisamos discutir qual a estrutura", afirmou Rui Costa.
"Precisamos responder
uma pergunta: Por que o Brasil virou o 5° maior consumidor de drogas do mundo?
Qual o impacto desse consumo de drogas temos na morte de jovens, a captura e
captação de jovens de 16, 17 18 anos que vão trabalhar no tráfico e que vão
matar outras crianças, adolescentes e policiais?", questionou.
Entre janeiro e setembro
deste ano, 18 policias militares foram mortos na Bahia e desses, oito estavam
em serviço, cinco de folga e cinco na reserva. De acordo com a Polícia Militar,
o número de vítimas já é maior do que o registrado no ano passado, quando 13
foram mortos (um serviço e 12 de folga).
G1 BA