Três policiais militares
foram afastados das atividades pela suspeita de matar um jovem de 21 anos
dentro de um bar, na cidade de Barreiras, oeste da Bahia. O crime aconteceu no
feriado da Independência do Brasil, dia 7 de setembro.
A vítima é o Carlos
Henrique, que tinha acabado de fazer aniversário. Na última sexta-feira (17),
os suspeitos – que não foram identificados – prestaram depoimento na
Corregedoria da Polícia Militar do município.
A família de Carlos Henrique
fez um protesto na frente da corporação e cobrou justiça pelo assassinato do
jovem. De acordo com o irmão da vítima, o trio de PMs estava alterado. Um deles
teria assediado a namorada de Carlos, que foi conversar com o policial.
“Um
deles soltou uma piada [cantada] para minha cunhada. Aí meu irmão tentou um
diálogo com eles, e um deles estava alterado. Foi quando eu reclamei, que eu vi
a situação, e vi que eles estavam armados. Então ali gerou um pânico, porque
eles puxaram armas. Eu tentei conversar, mas eles não queriam diálogo",
contou ele, que não foi identificado.
Um gritava muito se
identificando como policial militar, fez o primeiro disparo. Aí a população que
estava dentro do clube entrou em desespero, porque tinha muitos frequentadores
no clube. Eu saí correndo, querendo resguardar minha vida. Com o segundo
disparo, ele executou meu irmão dentro do bar.
Por meio de nota, o
estabelecimento informou que revistou todos os presentes, mas os militares
rejeitaram a revista, se identificando como policiais. O local disse ainda que
não compactua com as atitudes.
Emocionada, a mãe de Carlos
Henrique, a dona de casa Jucélia, disse que não tem conseguido dormir desde o
crime.
“Nós
estamos aqui nas mãos de Deus. Cada dia que passa, a gente não dorme, não come.
Eu não estou aguentando essa dor”, disse ela.
Quero justiça na morte de
meu filho. Quero esses três policiais atrás das grades e sem farda, porque a
polícia é para proteger, não é para matar.
O tenente coronel da PM de
Barreiras, Soares, disse que o caso já está sendo apurado e que os envolvidos
estão alojados em um quartel da Corregedoria da corporação.
“A
Polícia Militar fica muito triste com um fato deste. Estamos com a mãe da
vítima e, no que couber à Polícia Militar, estaremos tomando todas as
providências. Já foi instaurado o procedimento para apuração dos fatos, vamos
colaborar com a Polícia Civil na investigação e os policiais já foram afastados
do serviço operacional. Já estão aquartelados, cumprindo expedientes. Vamos dar
todo o apoio à família, no que for necessário”.
Fonte: G1