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Durante uma entrevista, o
ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse crer que Jair
Bolsonaro é homossexual. O parlamentar justificou a sua teoria dizendo que o
presidente “não admira mulheres, somente homens”.
“Ele não tem coragem de se
assumir, talvez por sua formação militar, que é uma área muito atrasada neste
aspecto da orientação sexual”, disse na entrevista ao “Derrete Cast”.
“Eu tenho uma grande dúvida
[se o Bolsonaro é gay]. Eu acho que é. Não tem nenhum problema”, iniciou
Rodrigo Maia, ressaltando ter “muitos amigos” LGBTQIA+ assumidos e, inclusive,
citou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
Maia seguiu na sua teoria,
apontando que não tem uma mulher que ele [Bolsonaro] admire, ele não gosta”.
“Qual é o problema? Não estou brincando. Acho que esse debate tem que fazer.
Ele não consegue assumir o que ele é. Falo sério. As pessoas acham que falo
brincando, mas depois me dão razão”, continuou.
Críticas
A fala de Rodrigo Maia logo
se espalhou pelas redes sociais e foi criticada pelo baiano Jean Wyllys,
desafeto declarado de Jair Bolsonaro, que discordou da suposição do deputado,
ao apontar que o presidente é “seguramente misógino, sexista e machista”, além
de ser “homofóbico”, mas “não um gay”. “Ser gay tem a ver com o orgulho de
ser”, afirmou.
“Querido Rodrigo Maia,
deixe-me explicar uma coisa: o genocida é seguramente misógino, sexista e
machista, e tem doentia fixação no coito anal e inveja do gozo da
homossexualidade. Tudo isto faz dele um homofóbico, não um gay. Gay sou: ser
gay tem a ver com tem a ver com o orgulho de ser”, escreveu o ex-deputado no
Twitter.
Maia respondeu o ex-colega
de Câmara e disse que ele “pode ter razão”. Jean, então, reiterou que Bolsonaro
“pode ter – e talvez tenha – desejos e fantasias com a homossexualidade
reprimidos num nível mais ou menos inconscientes que retornam na forma de
homofobia”.
“Nem todo homem que tem
fantasias sexuais com a homossexualidade masculina, reprimidas ou não, é
homossexual. Quase todos os héteros que têm essa fantasia reagem a ela com a
homofobia; daí esta ser tão presente na socialização e construção da identidade
masculina heterossexual”, continuou.
Por fim, ele pontuou que no
caso do presidente, “os elementos que temos são os que o apontam como um
misógino, machista e homofóbico, com fixação doentia no coito anal e uma
performance de masculinidade tóxica, como a maioria dos seus (dele)
seguidores”.
Fonte: Correio