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O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (30) o
início da Campanha Nacional de Multivacinação, que disponibilizará, em 45 mil
postos de vacinação localizados em todas as 27 unidades federativas e seus
respectivos municípios, 18 tipos de vacinas que protegem crianças e
adolescentes de doenças como poliomielite, sarampo, catapora e caxumba.
Durante a cerimônia de lançamento da campanha, que se
inicia amanhã (1º de outubro) e vai até o dia 29, as autoridades destacam o
papel importante que pais e responsáveis têm para o sucesso da campanha com
público-alvo de crianças e adolescentes até 15 anos.
Eles, no entanto, manifestaram também preocupação com a
queda nos índices de vacinação que vêm sendo observados desde 2015. Segundo
eles, em parte isso é explicado pela disseminação de notícias falsas (fake
news) e pela atuação de grupos antivacinas.
De acordo com o secretario de Vigilância em Saúde do
ministério, Arnaldo Medeiros, a campanha deste ano é “mais relevante” porque o
governo vem identificando, desde 2015, uma “tendência de queda nos índices de
vacinação”. Segundo ele, essa queda tem, entre suas causas, o “desconhecimento
sobre a importância da vacina, as fake news, os grupos antivacinas e o medo de
eventos adversos”. Aponta também como causa os horários de funcionamento das
unidades de saúde que, às vezes, são incompatíveis com as novas rotinas da
população.
Preocupação similar manifestou o presidente do Conselho
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire. “A
campanha publicitária é importante e urgente, porque temos de combater de forma
dura as fake news e o movimento antivacina que vem estimulando a população a
não procurar a vacina e, assim, ficar desprotegida”.
O ministro da Saúde substituto, Rodrigo Cruz, reiterou que
a pandemia mostrou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), e acrescentou
que seu sucesso tem por base a unicidade que abrange os âmbitos federal,
estadual e municipal.
“O Brasil tem cultura de vacinação, e isso tem se
mostrados nos números da covid-19, em um patamar de 60% vacinados com as duas
doses. Temos agora 30 dias para vacinar nossas crianças com idade de até 15
anos. São vacinas seguras, e a gente incentiva que os pais levem as crianças
para que possamos erradicar essas doenças”, disse.
Segundo o ministro, que substitui Marcelo Queiroga, ainda
em isolamento após diagnóstico de covid-19, o governo já trabalha com a
possibilidade de ampliar o período inicial previsto para a Campanha Nacional de
Multivacinação. “Sabemos que haverá mais tempo disponível porque o Brasil é
muito grande, e que existem realidades diferentes no país”, antecipou.
Por Agência Brasil