Foto: Reprodução/Climate Central |
Com as temperaturas aumentando, famosos pontos turísticos
do Brasil e do mundo estão sob risco de desaparecer. Um estudo recente
publicado pela Climate Central, com base em projeções climatológicas, mostra
que, caso a humanidade não freie o avanço do aquecimento global, locais como o
Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro; o Opera House, em Sydney, na Austrália;
e a Estátua da Liberdade, em Nova Iorque, EUA; podem ficar submersos com o
aumento do nível dos oceanos.
O estudo estima que um aumento de apenas 3° C na
temperatura global pode levar os oceanos a cobrirem 50 cidades em todo o mundo,
caso as metas de redução das emissões de carbono não sejam cumpridas a tempo. O
desastre impactaria a vida de 10% de toda a população mundial.
Na 17ª posição entre os lugares mais vulneráveis com as
mudanças climáticas, o Brasil teria ao menos sete cidades afetadas: Rio de
Janeiro (RJ), Recife (PE), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Salvador (BA),
Santos (SP) e São Luís (MA).
Segundo os dados do estudo,
cerca de 510 milhões de pessoas que vivem nos territórios que poderão ser os
mais afetados com as mudanças sofrerão as consequências, caso as projeções
mantenham um tom mais otimista, isto é, com o cumprimento de políticas de
contenção de danos. Caso nada seja feito, o número aumentaria para 800 milhões
de pessoas atingidas.
Herança
ameaçada
Para Anders Levermann,
coautor do estudo e professor do Instituto Potsdam de Pesquisas sobre o Impacto
Climático, na Alemanha, a situação é alarmante para a humanidade: “O aumento do
nível do mar ameaça nossa herança. Não apenas a herança antiga, mas as cidades
em que vivemos hoje, em que as nossas ações hoje estão pavimentando o mundo
para a próxima geração”, afirma.
Ainda de acordo com a
projeção, países asiáticos são os mais vulneráveis às mudanças. China, Índia,
Vietnã, Bangladesh e Indonésia estariam na lista dos que mais sofrerão caso
medidas de combate à emissão de carbono não sejam implementadas.
Metrópoles