Biomédica lista mitos e verdades sobre a doação de sangue

 

Dos diversos atos voluntários, doar sangue é um dos mais importantes e necessários na sociedade, já que pode ser imprescindível para tentar salvar alguém que está lutando para sobreviver. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o percentual ideal de doadores para um país esteja entre 3,5% e 5% de sua população. No Brasil, esse número é preocupante, pois não chega a 2%. Para tentar melhorar esses índices, a OMS criou o Dia Internacional do Doador de Sangue, celebrado no dia 25 de novembro.  

A biomédica habilitada em Análises Clínicas e Circulação Extracorpórea, Katharina Oliveira, explica que a campanha realizada anualmente visa explicar de forma clara a probabilidade de cada cidadão precisar da reposição sanguínea em algum momento da sua vida. Ainda assim, o número de doadores é baixo em várias regiões do país.  

“O déficit é preocupante, visto que a doação de 450ml de sangue de uma pessoa pode salvar até outras quatro. No entanto, por ser uma prática voluntária, a única forma de incentivo é por meio da divulgação de informações e campanhas, como a do Dia Internacional do Doador de Sangue, criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no ano de 2004, e tem como objetivo sensibilizar e aumentar o número de doadores no mundo”, destacou Katharina que também é especialista em Circulação Extracorpórea e Critical Care; mestre em Biotecnologia; e professora do curso de Farmácia do Centro Universitário Ages. 

Para poder doar é preciso atender aos critérios exigidos, é o que explica a biomédica. Entre esses critérios, o doador precisa: estar bem de saúde, ter idade de 16 a 69 anos, pesar acima de 50kg, portar documento oficial com foto, e comparecer ao centro de hemoterapia mais perto de casa bem alimentado para doação de sangue. Confira abaixo alguns mitos e verdades sobre a doação de sangue que a biomédica listou:   

1. Quem doa sangue uma vez tem que continuar doando pelo resto da vida?  

Resposta: A doação de sangue não é um procedimento que oferece dependência fisiológica. A manutenção da doação nesse aspecto, envolve mais, uma atitude solidária.   

2. A doação "engrossa" o sangue, entupindo as veias?  

R: A doação não "engrossa o sangue" e também não causa danos à saúde.   

3. A doação faz o sangue "afinar", "virar água", provocando anemia?  

R: A doação não afina o sangue e não causa anemia. Para garantir segurança no que diz respeito à doação, são realizados testes hematológicos nos quais hemoglobinas baixas podem impossibilitar a doação.   

4.  Doar sangue engorda ou emagrece?  

R: doação de sangue não altera o metabolismo a ponto de interferir no peso do doador.  

5.  Mulheres menstruadas não podem doar sangue?  

R: Podem doar se os exames hematológicos não apontarem anemias.  

6.  "Posso ficar sem sangue suficiente"? 

R: O volume retirado é menos que 10% do volume total do corpo de um adulto, sendo assim não há uma perda prejudicial 

7. Os doadores correm risco de contaminação?  

R: Todos os materiais utilizados são descartáveis e estéreis, então não há possibilidade de contaminação.

8.  Como é realizada a doação de sangue?  

R: O primeiro passo é o Cadastro dos dados pessoais e questionário. No segundo passo é realizada uma triagem clínica que visa a garantia de isenção de riscos infecciosos para o receptor, após a aprovação da triagem é realizada a coleta de sangue e por fim ofertado um lanche e orientações básicas no cuidado pós coleta. 

9. Quanto tempo demora para o organismo repor os níveis anteriores à doação?  

R: De forma geral, em torno de 2 a 3 meses, variando entre homens e mulheres. 

10. De quanto em quanto tempo eu posso doar?  

R: A Cada 3 meses   

11. É verdade que a gente não doa só o sangue, mas também as plaquetas e outras substâncias?  

R: Sim, é verdade! No ato da doação compartilhamos compostos que se tornarão hemocomponentes (concentrado de hemácias, plasma, crioprecipitado...)  

12. Depois de retirado, o sangue tem validade?  

R: Depois da doação, os compostos gerados apresentam, sim, validades específicas. Apesar do cuidado e preservação, eles apresentam prazos definidos.  

13. Eu posso doar para qualquer pessoa?   

R: Por conta da compatibilidade sanguínea, nem todo mundo pode receber o nosso sangue. Por conta disso, ocorre um processo de triagem para definir quais indivíduos são compatíveis.   

14. Se eu tiver alguma doença, não posso doar?   

R: Nem todas as doenças são fatores de impedimento para doação. As principais são: hepatites, HIV, câncer, diabéticos insulino-dependentes. 

15. Pessoas com tatuagem podem doar sangue?  

R: Se a tatuagem foi realizada há mais de um ano, não tem problema doar sangue.


Por Grecy Andrade

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