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Jair Bolsonaro conseguiu o
que queria. Ao fechar o acordo para se filiar ao PL ele obteve do chefe do
partido, o ex-deputado Valdemar da Costa Neto, a garantia de que terá “autonomia”
para indicar candidatos nos estados em 2022 e os comandos das executivas
estaduais.
Essas eram as duas condições
que o presidente sempre impôs para o partido que o acolhesse – daí o impasse
nas negociações com outras legendas, como PP, PSL e PTB – desde que naufragou a
ideia de fundar um partido, o Aliança pelo Brasil.
Bolsonaro estava há dois
anos sem partido, desde que, em novembro de 2019, rompeu com o PSL que o levou
à Presidência da República. A sua definição deve destravar o futuro de vários
aliados seus que estão em outros partidos, a começar do próprio PSL, onde há em
torno de vinte deputados que ainda o apoiam.
A costura para sua ida ao PL
teve a participação decisiva do senador Jorginho Mello (PL-SC), um dos mais
notados defensores do presidente no Congresso, em especial na CPI da Pandemia.
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