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A Polícia Federal iniciou, nesta terça-feira (30), uma
operação de combate ao desvio de verbas públicas, que deveriam ter sido usadas
no enfrentamento da pandemia da Covid-19, na cidade de Serrinha, que fica a
cerca de 180 Km de Salvador.
Ao todo, 12 mandados de busca e apreensão foram
expedidos, sendo que sete deles são cumpridos em Serrinha, quatro em Manaus,
capital do Amazonas, e o último na cidade de Araranguá, em Santa Catarina.
Segundo a PF, as investigações começaram há um ano, em
novembro de 2020, quando foi descoberto o esquema que envolvia um grupo de
agentes públicos municipais, que teria desviado milhões de reais ao permitir
que a cidade baiana contratasse três vezes uma empresa de fachada, com dispensa
de licitação.
A polícia detalhou que essa empresa de fachada estaria
sediada na cidade manauara. As duas primeiras contratações aconteceram em março
do último ano, para fornecer monitores paramétricos de sinais vitais e bombas
de infusão, bem como ventiladores pulmonares.
Já a terceira vez, aconteceu em abril do mesmo ano, para
o fornecimento de máscaras. Junto com a Controladoria-Geral da União (CGU), a
PF identificou o superfaturamento dos produtos supostamente fornecidos pela
empresa de Manaus, além dos indícios de fraudes na dispensa de licitação.
Os investigadores também constataram que os ventiladores
pulmonares e as bombas de infusão foram contratados por R$ 724 mil. Agora, a
polícia apura se esses equipamentos foram de fato entregues em Serrinha.
As marcas, especificações, o estado de conservação e a
quantidade de ventiladores supostamente fornecidos pela empresa contratada
ainda são desconhecidos, por isso ainda não foi possível identificar se houve
um sobrepreço.
No entanto, no caso dos monitores, o superfaturamento foi
de 446,27%, enquanto as máscaras tiveram preços inflados em 118%. Os suspeitos
dos crimes deverão responder por fraude em licitações e
sobrepreço/superfaturamento), crime de responsabilidade de prefeito, e
corrupção passiva e ativa).
Por G1