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Esportista, artista e administrador de empresas, Paulo
PJ, 44 anos, há seis oferece sêmen para mulheres que querem tentar engravidar
sem ajuda médica.
Sem cobrar ou exigir que o procedimento seja por meio de
relações sexuais, Paulo diz fazer um trabalho altruísta. Além do seu sêmen, ele
também é doador de medula óssea, de órgãos e de sangue. Possui um canal no
Youtube e perfil no Instagram onde defende e dá dicas na área. Através de suas
redes, ele tira dúvidas das candidatas e envia exames e documentos que atestam
sua saúde física.
Paulo afirmou já ter “102 positivos” e ter doado a mais
de 800 tentantes. “O que me motiva são as histórias. Quando vejo fotos das
crianças e suas famílias, percebo que mudei a vida daquelas pessoas. Fico
feliz, mas não vejo como meus filhos. Pelo contrário. Quando sai de mim, já sai
terceirizado”, disse.
Paulo teve a ideia quando, após acompanhar uma amiga a
uma clínica para a coleta de espermatozoides, desistiu por perceber que
acabaria tendo vínculo com a criança. Após o episódio, ele decidiu se tornar
doador assíduo, apenas para pessoas desconhecidas.
A prática de inseminação caseira, entretanto, não é
recomendada pelo Conselho Federal de Medicina. Apesar disso, famílias sem
condições de arcar com os custos de um procedimento feito em clínicas de
reprodução assistida recorrem, cada vez mais, ao método “caseiro”.
Além de não recomendado pela CFM, a venda de sêmen é
ilegal: é proibida no país a venda de gametas (óvulos e espermatozoides). Aos
olhos de outros, a prática pode ocorrer em processos legais, que vão de pedidos
de paternidade a pensões alimentícias.
Por Metrópoles