Foto: Lucas Uebel/Grêmio Vinícius Dias |
O ônibus do Grêmio foi recebido a pedradas ao chegar ao
Beira-Rio para o clássico Gre-Nal deste sábado, no Beira-Rio, pelo Campeonato
Gaúcho, no último sábada (26). Volante paraguaio do time tricolor, Villasanti
foi atingido por uma das pedras, sofrendo um traumatismo craniano e concussão.
Por conta do incidente, a partida foi adiada. Grêmio e
Internacional entraram em consenso para que os jogadores não entrassem a campo
porque, além de Villasanti, outros jogadores também foram atingidos por
estilhaços de vidro.
Presidente do Grêmio, Romildo Bolzan afirmou que os
jogadores ficaram muito abalados psicologicamente e isso foi outro fator
fundamental para a não realização da partida.
"Não vamos jogar. Não nos sentimos seguros. Há um
desequilíbrio técnico tremendo por que o jogador estava escalado para a
partida. Tem vários jogadores que foram tomar banho, estão cheios de vidro. Não
há condições técnicas e psicológicas para fazer a partida", disse.
CEO do clube, Carlos Amodeu relatou a situação ao
globoesporte.com: "A delegação vinha no comboio quando fomos surpreendidos
por cerca de 100 torcedores identificados com a camisa do Internacional, saíram
do parque e começaram a jogar uma série de objetos. Uma pedra e um pedaço de
pau quebraram o vidro do ônibus e lesionaram o nosso atleta", afirmou.
O caso escancara a violência presente em todo o país.
Somente nas capitais, foram 4 ataques contra ônibus de clube nos últimos três
dias. O primeiro deles aconteceu em Salvador, quando terroristas bombardearam o
veículo que levava o Bahia à Fonte Nova, na quinta (24), quando o clube
disputou partida contra o Sampaio Corrêa pela Copa do Nordeste.
O goleiro Danilo Fernandes sofreu cortes no rosto, perto
do olho, e foi parar no hospital. Mesmo assim, o time foi a campo. Lateral
tricolor, Matheus Bahia sofreu cortes no braço e o atacante Marcelo Cirino
sequer foi à partida por conta do abalo psicológico
No mesmo dia, o Náutico, que voltava do Tocantins após a
eliminação da Copa do Brasil, divulgou imagens de van que transportava os
atletas com vidros quebrados após protestos. Ninguém ficou ferido.
Além dos ataques a veículos coletivos, torcedores do
Paraná invadiram o gramado, no jogo que marcou o rebaixamento da equipe para a
Série B estadual, e trocaram agressões com os jogadores.
No interior paranaense, a delegação do Cascavel foi
apedrejada quando a equipe deixava o Estádio Willie Davids, em Maringá, após a
realização da partida contra o time da casa, pela décima rodada do campeonato
paranaense.
Fonte: BNews