Foto: Arquivo pessoal/João Gabriel Cenadese
A diarista Divina Pereira da Silva, de 55 anos, devolveu mais de R$ 16 mil que recebeu por engano após um jovem de São Paulo fazer um PIX errado. Moradora de Goiânia, ela diz que não fazia sentido ficar com algo que não era dela. Cerca de oito horas após o dinheiro entrar em sua conta, a mulher devolveu o valor ao dono.
“O rapaz simplesmente depositou um dinheiro na conta errada e minha obrigação era devolver, porque o dinheiro não é meu, não me pertence. Independente de onde veio, de quem é”, disse a diarista.
O mecânico João Gabriel Cenadese, de 25 anos, que mora em Presidente Prudente (SP), transferiu o valor às 8h51 de quarta-feira (30) para uma conta errada. Neste engano, Divina recebeu exatos R$ 16.118,00. Pouco tempo depois, antes de checar a conta bancária, a diarista recebeu uma ligação de João Gabriel, mas achou que fosse um golpe.
“Eu nem tinha visto. Como eu sou diarista, eu nem tive tempo de olhar no celular. Aí eu recebi uma ligação de um rapaz falando que tinha caído um dinheiro na minha conta. Eu falei: ‘Na minha conta?’. Ele explicou que foi fazer um deposito e digitou errado e caiu na minha conta”, conta.
Ainda sem acreditar, Divina conferiu um aplicativo pelo celular e viu que tinha mais de R$ 16 mil em sua conta. Ela, então, decidiu ir até o banco após o trabalho para verificar se a situação era verídica.
“Eu fui olhar e realmente tinha R$ 16 mil, além do dinheiro que eu tinha ganhado do meu serviço de ontem. Na verdade, eu nem pensei que fosse um erro, eu pensei que fosse um golpe. Fui até o banco, conversei com a gerente e ela me explicou”, disse.
Após conseguir esclarecer a situação, por volta das 16h do mesmo dia, toda a quantia já estava de volta na conta de João Gabriel.
“Eu mandei o dinheiro para ela, por engano. Uma senhora muito honesta de Goiânia me devolveu o valor”, agradeceu o jovem.
João Gabriel contou que o dinheiro é do pai dele, que é cadeirante e tem mal de Parkinson. Segundo ele, o pai tem muitos custos com remédios e o valor será usado para melhorar a qualidade de vida dele.
“O dinheiro é do meu pai, eu apenas emprestei a conta para ele. Esse dinheiro é de um seguro que a minha avó tinha quando viva. Ela morreu há quatro meses e ele recebeu esse dinheiro essa semana. Ele está precisando de uma cadeira de rodas nova, então, vai ajudar muito ele”, disse.
G1