Morte de Paulinha pode gerar condenações por homicídio e estelionato

Foto: Reprodução

 A morte da cantora Paulinha Abelha pode terminar em processos sérios para os profissionais que receitaram remédios que provocam emagrecimento. Alguns deles podem, inclusive, responder por homicídio e estelionato.


O laudo da morte da vocalista da banda Calcinha Preta comprova que ela tinha fígado e rins sobrecarregados por conta do uso excessivo de substâncias como anfetaminas e barbitúricos, usadas para a redução de peso.


receitaram medicamentos à cantora serão investigados. Caso seja comprovado que a cantora morreu por conta do consumo desses remédios, eles poderiam ser condenados por homicídio, com punição que varia de 6 a 20 anos, mesmo que não tenha tido a intenção de matar. Caso o juiz considere que o crime foi culposo, alegando negligência, imprudência ou imperícia, a pena cai para um a três anos.


Além disso, os responsáveis por receitar medicamentos podem ser condenados por estelionato se a Justiça julgar que a prescrição das substâncias foi feita para obter uma vantagem ilícita. Os profissionais poderão passar também por julgamentos de acordo com os códigos de ética de cada profissão.


Paulinha Abelha morreu no dia 23 de fevereiro, após ficar 12 dias internada. A artista estava em coma profundo e teve morte cerebral.


17 substâncias para emagrecer

De acordo com uma reportagem do Domingo Espetacular, um exame realizado após a morte da artista indicou uma necrose que poderia corresponder a uma “injúria hepática induzida por medicamentos”. Foi encontrada uma receita médica, fornecida pela própria nutróloga da artista, indicava 17 substâncias que, combinadas, poderiam ter sobrecarregado o funcionamento do seu fígado.


Entre as substâncias estão um antidepressivo, um redutor de apetite, um suplemento alimentar, um regulador do sono , um estimulante, calmantes naturais, uma cápsula para memória e concentração e uma fórmula que promete inibir o apetite e reduzir medidas. Um de seus componentes é a erva asiática Garcinia Gambogia, que é potencialmente hepatóxica e pode levar a uma hepatite fulminante.


Após a repercussão da morte da artista, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) inclusive chegou a divulgar 140 substâncias proibidas, algumas delas vendidas na internet livremente. (Correio)

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